Tarde instável, com períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoadas. Precaução ao atravessar linhas de água devido à saturação dos solos.
terça-feira, 19 de novembro de 2024
ALGARVE: Tempo instável
Tarde instável, com períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoadas. Precaução ao atravessar linhas de água devido à saturação dos solos.
sábado, 16 de novembro de 2024
PORTUGAL CONTINENTAL: Diminuição significativa da instabilidade atmosférica
Imagem de satélite às 09h00
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Fonte: SAT24
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Posicionamento do núcleo depressionário a sudoeste da Península Ibérica, visível pelo círculo no canto inferior esquerdo da imagem de satélite às 09h00. Probabilidade mais remota de alguma instabilidade durante o dia de hoje no território de Portugal Continental, em especial nas regiões do centro e sul, com aguaceiros pontualmente fortes e acompanhados por trovoadas.
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
ALENTEJO: Tarde instável no interior
Instabilidade no interior do Alentejo, com chuva forte e trovoadas frequentes, associadas a uma linha de instabilidade que progride de sul para norte/noroeste.
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
IPMA: Agravamento do estado do tempo em Portugal continental
Devido a uma depressão fria centrada a norte da Madeira, ocorreu uma mudança do estado do tempo em Portugal continental, estando reunidas condições para a ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada, com queda ocasional de granizo, em particular nas regiões Centro e Sul, até à manhã de dia 17, domingo. Prevê-se que o impacto mais significativo seja no Baixo Alentejo e Algarve, Setúbal e Lisboa, zonas estas onde podem ocorrer também fenómenos extremos de vento.
Em situações de instabilidade existe uma variabilidade na distribuição espacial e temporal da precipitação, determinada em última análise por factores de escala local, não previstos pelos modelos numéricos. Neste sentido, a vigilância efectuada com base em dados de radares e satélites meteorológicos e de detectores de descargas eléctricas é fundamental. Continuam a ser expectáveis, nas regiões Centro e Sul, valores de precipitação da ordem de 10 a 20 mm acumulados numa hora, existindo também a probabilidade, em menor grau, de localmente os valores de precipitação superarem 20 mm.
Entre 14 e 17 de Novembro, não se pode descartar a possibilidade de um mesmo local ser atingido por precipitação forte em diferentes momentos.
Devido a esta situação, o IPMA já emitiu avisos meteorológicos de nível AMARELO e LARANJA para os próximos dias em alguns distritos das regiões acima mencionadas. Face à incerteza existente estes avisos poderão ser estendidos a outros distritos e, se necessário, elevar o nível do aviso, pelo que se recomenda o acompanhamento da situação.
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Fonte: IPMA
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
PORTUGAL CONTINENTAL: Agravamento do estado do tempo nas regiões do centro e sul
Carta Sinóptica de Superfície prevista para
Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024
Fonte: Met Office
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PORTUGAL CONTINENTAL (Regiões do centro e sul): Agravamento do estado do tempo nos próximos dias – devido a uma Cut Off (expressão em inglês), DANA ou “Gota Fria” (expressão em espanhol), depressão isolada nos níveis altos da troposfera, posicionada entre Portugal Continental e o arquipélago da Madeira, espera-se um agravamento do estado do tempo a partir de amanhã, quinta-feira, nas regiões do centro e sul de Portugal Continental.
Assim, são esperados períodos de céu muito nublado e ocorrência de períodos de chuva ou aguaceiros, pontualmente fortes e mais frequentes nas regiões do centro e sul; POSSIBILIDADE de ocorrência de trovoadas, queda de granizo e de fenómenos de ventos extremos.
PORTUGAL CONTINENTAL: Tempo frio com neve na Serra da Estrela
Imagem de satélite às 16h00
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Fonte: SAT24
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Tarde com aumento temporário de nebulosidade nas regiões do interior norte e centro, com aguaceiros dispersos; queda de neve na Serra da Estrela.
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
‘Gota Fria’ a caminho: Portugal espera dias de chuva e trovoada com a chegada da DANA
Portugal prepara-se para enfrentar um período de instabilidade atmosférica a partir de quarta-feira, dia 13 de Novembro, quando uma depressão atmosférica em altitude, tecnicamente conhecida como DANA (Depressão Atmosférica em Níveis Altos), também chamada de “gota fria,” se aproxima do território nacional. Esta previsão de chuva intensa e trovoadas deverá manter-se até ao fim de semana, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A meteorologista Alexandra Fonseca, do IPMA, revelou à CNN Portugal que, apesar das semelhanças com o fenómeno recente que afectou a região de Valência, em Espanha, em Portugal os efeitos não deverão ser tão severos. “As quantidades de precipitação previstas, à data de hoje e com os dados que agora temos, não são, para já, preocupantes, e não iremos emitir qualquer aviso,” afirmou a especialista, sublinhando que o IPMA se manterá atento e actualizado com novos dados para ajustar as previsões conforme necessário.
Além da previsão de precipitação e trovoadas, a influência da DANA começará a sentir-se já na terça-feira, com uma descida das temperaturas mínimas e máximas, que em algumas zonas não devem ultrapassar os 20°C. Alexandra Fonseca alertou também para a possibilidade de queda de neve nas áreas mais elevadas da Serra da Estrela, uma consequência da massa de ar frio associada a esta depressão atmosférica.
O IPMA informa que, a partir de quinta-feira, poderá ocorrer uma ligeira subida das temperaturas, aproximando-se dos valores habituais para o mês de Novembro. As temperaturas em Portugal têm estado ligeiramente acima da média para a época, e este episódio de “gota fria” deverá contribuir para o regresso a condições mais típicas de Outono.
Este fenómeno de gota fria é relativamente comum em períodos de transição sazonal, como Outono e primavera, quando massas de ar frio ficam isoladas em altitude, gerando instabilidade atmosférica. A presença desta massa de ar frio a grande altitude cria condições para aguaceiros intensos e trovoadas.
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Fonte: Postal
domingo, 10 de novembro de 2024
Domingo, 10 de Novembro (15h00)
Algumas temperaturas às 15h00
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Funchal (Madeira) – 29,3
Alcácer do Sal (Barrosinha) – 25,8 ºC
Portimão (Aeródromo) – 25,8 ºC
Castro Marim (RN Sapal) – 25,0 ºC
Alvalade – 24,7 ºC
Vila Real de Santo António – 24,7 ºC
Loulé (CML) – 24,6 ºC
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Montalegre – 14,1 ºC
Guarda – 14,1 ºC
Lamas de Moutro (P. Ribeiro) – 13,7 ºC
Castro Daire/Mézio (CIM) – 13,4 ºC
Pampilhosa da Serra (Fajão) – 13,3 ºC
Penhas Douradas – 10,4 ºC
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Fonte: IPMA
GEROTEMPO: 19 anos a informar sobre o tempo e o clima
10-11-2005 a 10-11-2024
9500 artigos de clima e meteorologia em português, de acesso livreUtilize livremente os artigos, referindo sempre a fonte original do conteúdo e inserindo uma hiperligação para este blogue.
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Enchentes na Espanha em 2024
As enchentes na Espanha em 2024 começaram em 29 de Outubro, quando chuvas torrenciais que equivalem ao volume de precipitação anual ocorreram em apenas 8 horas em várias áreas no sudeste do país, incluindo a Comunidade Valenciana, Castela-Mancha e Andaluzia. As cheias resultantes causaram a morte de pelo menos 205 pessoas (202 na Comunidade Valenciana e 3 na Andaluzia e Castela-La Mancha, com um número provisório de 1900 pessoas desaparecidas e danos materiais muito substanciais.
Contexto – Um grande número de inundações foram registadas em Valência desde 1321 até a história recente, como a enchente de Valência de 1957 causada por uma gota fria de três dias, que resultou em um transbordamento significativo do rio Túria e em pelo menos 81 mortes. Em resposta ao desastre, o governo espanhol aprovou um plano para redireccionar o Túria para o sul de Valência, três quilómetros de seu curso original.
A enchente de 1957 resultou em pelo menos 81 mortes. Em resposta ao desastre, o governo de Francisco Franco aprovou um plano para redireccionar o rio Túria para o sul da cidade de Valência, três quilómetros de seu curso original. Em Setembro de 2019, enchentes mataram seis pessoas em Vega Baja del Segura. Como medida para responder a futuros incidentes de inundação, o governo de Ximo Puig estabeleceu a Unidade Valenciana de Emergências. Após as eleições regionais da Comunidade Valenciana de 2023, o governo de Carlos Mazón encerrou a unidade, que considerou uma "despesa supérflua".
Em 25 de outubro de 2024, o meteorologista da Agência Estatal de Meteorologia (AMET) da Espanha, Juan Jesús González Alemán, alertou que a próxima gota fria tinha potencial para se tornar uma tempestade de alto impacto. A sua declaração foi inicialmente recebida com escárnio e acusações de “alarmismo” na plataforma de redes sociais X.
Inundação: Comunidade Valenciana – Em 29 de outubro de 2024, uma queda de temperatura trouxe inundações repentinas drásticas ao sul e sudeste da Espanha, principalmente na região de Valência.
Às 06h42, a Agência Meteorológica do Estado (AEMET) emitiu um alerta meteorológico laranja para o sul de Valência. Menos de 20 minutos depois, o porto de Valência anunciou que iria encerrar. Às 07h36, a AEMET emitiu um alerta meteorológico vermelho para o interior valenciano e elevou seu alerta anterior para o nível mais alto. A essa altura, a Plana d'Utiel já estava recebendo fortes chuvas.
Às 10h30, os serviços de emergência estavam resgatando pessoas de seus veículos em Ribera. Às 11h30, a ravina de Chiva transbordou e inundou o município; Chiva viu quase 500 milímetros de precipitação durante o dia.
Às 11h45, os serviços de emergência emitiram um alerta aos municípios situados ao longo do rio Magro. Às 12:00 o Magro transbordou em Utiel, que registou 200 mm na precipitação. Às 12h20, os serviços de emergência alertaram os municípios situados ao longo do barranco do Poyo.
Na hora seguinte, os municípios afectados pela tempestade ficaram sem energia eléctrica e sem telefone. Ao meio-dia, o governo local enviou todos os seus trabalhadores para casa, citando o "risco muito alto para a população" da gota fria. Às 14h, todos os seus escritórios estavam fechados. A ravina do Poyo registou picos de descarga de cerca de 2.300 m3 por segundo em Paiporta. arcas mais afectadas de Valência
Às 13h, o presidente valenciano, Carlos Mazón, concedeu uma entrevista colectiva, na qual afirmou que a intensidade da tempestade diminuiria até as 18h. Mas por volta das 17h35, os serviços de emergência já emitiam alertas sobre o transbordamento dos rios Magro e Júcar. Às 18h30, o Poyo transbordou em Torrent e inundou rio abaixo por várias cidades da Horta Sul. Muitas pessoas morreram, enquanto outras buscaram refúgio na Autovia V-30 ou em centros comerciais. Às 19h25, uma ponte em Picanya foi destruída pelas águas agitadas.
Às 20h12, a Generalitat Valenciana emitiu um alerta por SMS, aconselhando os cidadãos valencianos a permanecerem em casa. Às 20:36, o governo espanhol recebeu um pedido de intervenção da Unidade de Emergências Militares (UME) da Comunidade Valenciana. Às 21:00, Mazón reapareceu para declarar as inundações uma “situação sem precedentes”. Por volta da meia-noite de 30 de outubro, a equipe de mídia social de Mazón apagou um tweet no qual ele afirmava que a tempestade iria se dissipar.
O Plan Sur, o novo leito do rio Turia construído após a sua inundação catastrófica em 1957, evitou inundações na cidade de Valência, mas provocou inundações nas regiões a sul. As cheias acabaram por afectar todos os núcleos populacionais da Horta Sud, bem como a maioria dos núcleos do Campo de Túria e de Requena-Utiel.
Outras regiões – Na Andaluzia, a tempestade causou deslizamentos de terras e danos em edifícios, estradas, pontes e terras agrícolas. Várias pessoas tiveram que ser resgatadas pela Guarda Civil. Os meteorologistas emitiram previsões de que novas tempestades atingirão as regiões em 31 de outubro de 2024.
Vítimas – As cheias resultantes causaram a morte de mais de 205 pessoas, incluindo 202 na província de Valência, mais duas em Castela-La Mancha e uma na Andaluzia. Segundo dados provisórios do governo valenciano, baseados em chamadas para um número de emergência sobre familiares desaparecidos, cerca de 1,9 mil pessoas foram declaradas desaparecidas; mais cinco pessoas também estão desaparecidas em Castilla–La Mancha. Entre os desaparecidos estavam 16 membros da comunidade romena da Espanha.
As inundações também causaram danos significativos a edifícios e infraestruturas, arrastando carros e descarrilando um trem de alta velocidade, mas não ferindo nenhum dos seus quase 300 passageiros. Segundo José Ángel Núñez, climatologista chefe da AEMET, a maior parte das mortes ocorreu em localidades onde não houve chuva. Entre as vítimas mortais encontram-se dois homens da Colômbia e do Reino Unido.
A região de Múrcia também foi afectada pelas cheias, embora em menor grau do que outras regiões. As inundações também atingiram as províncias de Teruel e Saragoça, em Aragão. Vários vídeos gravados de inundações repentinas mostraram civis agarrados às árvores para resistir ao rápido fluxo da enchente, com 30 pessoas em Letur ficando presas nas águas da enchente.
Consequências – Doze voos foram desviados do Aeroporto de Valência devido a fortes chuvas e ventos, enquanto mais 10 chegadas e partidas no aeroporto foram canceladas. No Aeroporto de Málaga, vários voos foram cancelados ou desviados em 29 de outubro, até que os serviços normais foram retomados em 30 de outubro. No rescaldo inicial e nos dias seguintes ao desastre e à falta de coordenação governamental, milhares de valencianos voluntariaram-se e organizaram-se para ajudar as cidades afectadas, tanto com ajuda material (alimentos) como física (ajudando a limpar ruas e escombros).
Durante os dias 30 de Outubro e 1 de Novembro, cerca de mil soldados espanhóis foram gradualmente destacados para as áreas mais afectadas. Devido à saturação do número de emergência causada pelo elevado número de incidentes reportados, muitas pessoas recorreram às redes sociais para pedir ajuda para si ou para os seus familiares.
O circuito Ricardo Tormo em Cheste, Comunidade Valenciana, foi usado como centro de socorro, mas algumas das suas estradas de acesso foram destruídas pelas inundações. O MotoGP de Valência agendado para 17 de Novembro foi cancelado, com os seus organizadores a dizerem que o evento seria realizado noutro local. O Teste Oficial e o Teste Feminino da Fórmula E da FIA, que seriam realizados no circuito de 4 a 7 de Novembro, foram cancelados e transferidos para o Circuito del Jarama, em San Sebastián de los Reyes, Comunidade de Madrid. Foram adiadas para 5 a 8 de Novembro.
As inundações também causaram danos significativos a edifícios e infraestruturas, destruindo estradas e carros, e descarrilando um trem de alta velocidade que transportava cerca de 300 pessoas, sem causar feridos. A rede eléctrica sofreu graves danos e os serviços de distribuição de gás natural foram suspensos por razões de segurança. Esperava-se que os danos monetários causados pelas cheias fossem os piores da história espanhola, superando as inundações espanholas de 1983.
Resposta – O governo espanhol criou um comité de crise para coordenar a resposta nacional ao desastre, com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, observando publicamente seu monitoramento de relatórios de danos e actualizações de pessoas desaparecidas. Foram declarados três dias de luto em todo o país.
A Unidade Militar de Emergências foi enviada a Valência para ajudar nos esforços de resgate. Os socorristas precisaram usar helicópteros para resgatar moradores presos em Álora, na Andaluzia, de um rio próximo que estava cheio. Mais de mil soldados espanhóis foram destacados para as áreas mais afectadas.
O Rei Felipe VI expressou a sua “desolação e preocupação pela tragédia” e “junto com a Rainha, queremos transmitir as nossas condolências a todas as famílias afectadas que perderam entes queridos e que ainda desconhecem o que aconteceu aos seus familiares” e realizou uma videoconferência com a Unidade Militar de Emergências. O presidente regional valenciano, Carlos Mazón, informou que vários moradores estavam desaparecidos por viverem em áreas isoladas, inacessíveis aos socorristas devido aos danos causados pelas enchentes. O prefeito de Utiel, Ricardo Gabaldon, informou que o nível da água na cidade subiu para três metros, deixando vários moradores presos em suas casas e vários outros desaparecidos. Ele descreveu o dia 29 de outubro como “o pior dia da minha vida”.
A Prefeitura de Valência suspendeu todos os eventos desportivos e aulas escolares em 30 de outubro. Doze voos foram desviados do Aeroporto de Valência devido a fortes chuvas e ventos, enquanto mais dez chegadas e partidas no aeroporto foram canceladas. O operador ferroviário espanhol Administrador de Infraestructuras Ferroviárias anunciou a suspensão de todos os serviços ferroviários de Valência enquanto a situação for normalizada. Os jogos de futebol da Copa del Rey envolvendo equipes da região de Valência foram adiados para a semana seguinte.
No Aeroporto de Málaga, vários voos foram cancelados ou desviados no dia 29 de outubro. O serviço normal foi retomado em 30 de outubro.[21] A feira do livro de Sevilha foi suspensa nos dias 29 e 30 de outubro. Os serviços de trem de alta velocidade de Valência para Madrid, os serviços Metrovalencia e a maioria dos serviços de trens urbanos em Valência foram suspensos e permaneceram suspensos após o desastre. Além disso, partes da Autovía A-3/E-901 e A-7/E-15, ambas as principais rodovias da região, foram bloqueadas devido às inundações e acidentes subsequentes, bem como várias outras estradas, que eram impossíveis de transitar.
O circuito Ricardo Tormo, em Cheste, Comunidade Valenciana, foi usado como centro de assistência. Algumas das estradas de acesso à pista foram destruídas pelas inundações. Outras cidades na região de Andaluzia também foram bastante afectadas. Jerez de la Frontera esteve entre as cidades da região Sul com bastante danos à infraestrutura. A administração de Mazón foi criticada pela forma como lidou com a resposta às inundações. Porta-voz do Compromís, Agueda Micó responsabilizou pessoalmente Mazón pelas mortes causadas pelas cheias e acusou-o de “fugir às suas responsabilidades”.
Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular ao qual Mazón pertence, defendeu a conduta do presidente valenciano e responsabilizou a AEMET por não ter alertado prontamente os valencianos. Os comentários de Feijóo foram contrariados pela cronologia dos acontecimentos: a AEMET emitiu o seu primeiro alerta meteorológico vermelho às 07:36; às 13:00, Mazón minimizou a gravidade da tempestade e afirmou que ela se dissiparia por volta das 18:00. Os meteorologistas criticaram Feijóo por questionar o trabalho da AEMET, que, segundo eles, poderia cultivar a desconfiança nos avisos meteorológicos e colocar as pessoas em maior risco. Vinte organizações cívicas e sindicatos valencianos pediram a demissão de Mazón.
Em 1 de Novembro, foi relatado que o Ministro do Interior da França, Bruno Retailleau, ofereceu um contingente de bombeiros para ajudar no esforço de socorro, com o Ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, rejeitando as ofertas devido ao fato de que actualmente o governo regional valenciano ainda está encarregado de administrar a crise e ainda não havia pedido para elevar a tomada de decisões ao governo central espanhol. O Governo só assumiria o controlo da crise se Mazón o pedisse. No dia 2 de Novembro de 2024, a pedido de Mazón, Sánchez envia 5.000 soldados, duplica o número de policiais e pede a Mazón que solicite mais ajuda.
A climatologista alemã Friederike Otto, do Centro de Política Ambiental, disse que não havia "nenhuma dúvida" de que as fortes chuvas tinham sido agravadas pelas alterações climáticas. O climatologista italiano Stefano Materia também atribuiu a gravidade das inundações aos efeitos das alterações climáticas e descreveu o actual Mediterrâneo como uma "bomba-relógio". De acordo com uma análise do Climate Central, as cheias foram influenciadas pelo aumento da temperatura do Oceano Atlântico.
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Fonte: Wikipédia
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Quarta-feira, 6 de Novembro (15h00)
Algumas temperaturas às 15h00
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Alcácer do Sal (Barrosinha) – 27,4 ºC
Amareleja – 26,6 ºC
Alvalade – 26,4 ºC
Coruche – 26,0 ºC
Pegões – 26,0 ºC
Portel (Oriola) – 25,7 ºC
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Vinhais – 18,1 ºC
Fóia – 18,1 ºC
Lamas de Mouro (P. Ribeiro) – 17,7 ºC
Guarda – 17,2 ºC
Montalegre – 16,8 ºC
Penhas Douradas – 12,9 ºC
Morro Alto/Flores (Açores) – 6,9 ºC
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Fonte: IPMA
domingo, 3 de novembro de 2024
Domingo, 3 de Novembro (16h00)
Corrente de oeste instalada nas latitudes do território português e a consequente passagem de sistemas frontais e centros depressionários sobre os arquipélagos dos Açores e da Madeira e de Portugal Continental; ocorrência de precipitação, pontualmente moderada em alguns locais, com a possibilidade de trovoadas.
sábado, 2 de novembro de 2024
Ranking Meteorológico Europeu (Maiores desvios à média no 3º Trimestre de 2024)
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
LITORAL OESTE: Instabilidade
Linhas de instabilidade cruzando o litoral oeste, em deslocamento para noroeste; períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoadas.
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
PORTUGAL CONTINENTAL: Tempo severo
Na imagem das 22h50 observamos a DANA a oeste de Portugal Continental. Durante a madrugada e no dia da amanhã é provável que a depressão condicione directamente o estado do tempo em Portugal Continental, particularmente as regiões do centro e sul, e particularmente o Algarve, com a previsão de períodos de chuva, por vezes fortes e acompanhados de trovoadas.
PORTUGAL CONTINENTAL: Instabilidade severa no centro e sul
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Fonte: SAT24
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Ao longo da tarde esperam-se períodos de chuva ou aguaceiros, pontualmente fortes e acompanhados de trovoadas, em especial nas regiões do interior centro e sul. Possibilidade de ocorrência de inundações repentinas, nomeadamente em áreas urbanas e leitos de cheias.
quarta-feira, 30 de outubro de 2024
Quarta-feira, 30 de Outubro (21h00)
DANA em altitude às 21h00 de hoje centrada sobre Évora; rotação das massas de ar em torno do centro da depressão, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Instabilidade atmosférica afectando particularmente a região centro, progredindo do interior para o litoral, com aguaceiros e possibilidade de trovoadas.
Movimento errático da DANA nos próximos dias.
Chuvas de Espanha perdem intensidade ao chegar a Portugal nesta quarta-feira
As chuvas intensas que mataram mais
de 70 pessoas em Espanha estão a deslocar-se gradualmente em direcção a
Portugal, devendo chegar a território nacional já nesta quarta-feira, mas com
menos intensidade, provavelmente sob a forma de aguaceiros. “Esta depressão
está centrada a sudoeste a Península Ibérica, tem expressão em altitude e
bastante actividade. Tem estado já há vários dias com precipitação muito
intensa e trovoada em Espanha. Para nós [Portugal], o que vai acontecer é
gradual, vai deslocar-se para oeste, com deslocamento muito lento, perdendo
algumas das suas características, incluindo a severidade que se tem registado
nos últimos dias”, afirmou ao PÚBLICO Bruno Café, meteorologista do Instituto
Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Bruno Café explica que, para já, estão emitidos avisos amarelos de precipitação
para esta quarta-feira a partir da tarde, que se prolongam até ao início da
noite para a maior parte da região centro também. “Não se esperam, contudo,
valores iguais aos registados em Espanha”, frisa o meteorologista, numa chamada
telefónica
Doze distritos de Portugal continental vão estar nesta quarta e quinta-feira sob aviso amarelo devido à previsão de aguaceiros, podendo ser, por vezes, fortes e acompanhados de trovoada, segundo o IPMA. Nos distritos do Porto, Faro, Santarém, Leiria, Beja, Aveiro e Coimbra, o aviso vai vigorar entre as 12h00 desta quarta-feira e a meia-noite de quinta-feira. Os distritos de Viseu, Évora, Guarda, Castelo Branco e Portalegre vão estar sob aviso pelo mesmo período, e ainda entre as 12h00 de quinta-feira e a meia-noite de sexta-feira.
“Poderá depois haver um enfraquecimento da precipitação na primeira parte do dia de quinta-feira, mas depois, a partir da tarde, voltará outra vez a intensificar-se no interior centro e sul, e também na região do Algarve. É provável que em alguns locais dos distritos com aviso amarelo, quer no dia 2 de Novembro, quer na quinta-feira, possa ocorrer então esta precipitação forte, mas não se espera uma situação semelhante à de Espanha. Não esperamos nada disso neste momento”, assegura Bruno Café.
O aviso amarelo, o menos
grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA quando há uma
situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação
meteorológica.
Ainda no início desta semana, o IPMA publicou uma “informação especial” sobre o
estado do tempo em Portugal continental no dia 1 de Novembro, que, até ao
momento, não foi actualizada. O instituto referia que o país "continuará a
ser condicionado por uma região depressionária com expressão em altitude, que
se movimenta de forma aleatória em torno do território continental, e que
tenderá a encher nos dias 2 a 3, impondo-se gradualmente uma crista
anticiclónica que se estende desde a Europa Central até à Península
Ibérica". Assim, explicavam, no dia 1 de Novembro prevê-se a ocorrência de
aguaceiros, mais frequentes durante a tarde, e que poderão ser ocasionalmente
acompanhados de trovoadas, embora exista elevada incerteza na distribuição
espacial e temporal da precipitação, assim como na sua intensidade.
Acrescentava-se ainda que, a partir de dia 2, "tendo em conta o actual cenário dos modelos de previsão, se prevê uma melhoria significativa do estado do tempo, existindo, no entanto, uma probabilidade entre 50% e 70% de ocorrência de aguaceiros no Algarve".
O estado do tempo e clima são conceitos diferentes. O tempo previsto para estes dias corresponde ao estado instantâneo da atmosfera em Portugal, definido através de variáveis meteorológicas como a temperatura, a precipitação, a humidade, ou a velocidade do vento. Já o clima consiste nos padrões registados ao longo de vários anos.
Andréia Azevedo Soares e Lusa
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Fonte: PÚBLICO
Destruição em Espanha. Inundações fazem dezenas de mortos em Valência
Pelo menos 62 pessoas morreram em consequência das inundações repentinas que varreram a região leste espanhola de Valência. Chuvas torrenciais, na última noite, deixaram estradas e cidades submersas. Provisoriamente, o número de vítimas mortais ascende a 62 pessoas. "O processo de levantamento e identificação das vítimas está a começar”, adiantou o Centro Integrado de Coordenação Operacional do Governo espanhol. O número de vítimas tem vindo a crescer durante a manhã e as autoridades frisam que a contagem pode estar longe de terminada.
Para além de Valência, também a
comunidade de Castilla-La Mancha foi bastante afectada pelas chuvas
torrenciais. Há pelo menos seis desaparecidos na localidade de Letur, em
Albacete. Segundo o serviço de emergências da Comunidade Valenciana, cerca de
200 pessoas foram resgatadas durante a madrugada de diversos locais, mas as
equipas de protecção civil e de militares que estão no terreno continuam sem
acesso a várias zonas afectadas, por haver vias inundadas e destruídas ou
infraestruturas afectadas.
Imagens divulgadas pelas televisões e nas redes sociais mostram aldeias,
estradas, ruas e campos inundados, carros arrastados pelas águas e presos em
autoestradas. Várias pessoas passaram a noite em telhados ou árvores à espera
de resgate.
DATO: La AEMET declaró este martes como "el día más adverso" de la DANA, con fuertes lluvias y granizo en varias zonas de España, principalmente en el arco Mediterráneo, donde Valencia y Málaga han sido señaladas con aviso rojo por riesgo extremo. pic.twitter.com/oTDOMrC72F
Carlos Mazon, o líder regional de Valência, disse em conferência de imprensa que algumas pessoas permaneceram isoladas em locais inacessíveis. "Se (os serviços de emergência) não chegaram, não é por falta de meios ou predisposição, mas por um problema de acesso", disse Mazon, explicando que chegar a certas áreas era "absolutamente impossível". “Há corpos sem vida em alguns dos pontos aos quais conseguimos aceder”, disse.
"Um fenómeno sem precedentes" – A agência meteorológica estatal da Espanha, AEMET, declarou alerta vermelho em Valência e o segundo nível mais elevado de alerta em partes da Andaluzia, avisando que as chuvas fortes podem continuar até quinta-feira. Na última noite, a precipitação na região de Valência foi a mais elevada em 24 horas desde 11 de Setembro de 1966, de acordo com dados oficiais. A ministra da Defesa de Espanha, Margarita Robles, disse que a região de Valência viveu nas últimas horas "um fenómeno sem precedentes".
"A chuva repentina que atingiu a região de Valência ontem à noite descarregou até 450 mm de água no espaço de apenas 4-5 horas. É realmente um evento muito extremo. Basicamente, em quatro horas caiu a quantidade de chuva que costuma cair nessas áreas em um ano e meio", escreveu Marco M. M., meteorologista e especialista em alterações climáticas, na rede social X.
L'alluvione lampo che ha colpito la zona di Valencia nella serata di ieri ha scaricato fino a 450 mm di acqua nell'arco di appena 4-5 ore. E' un evento davvero molto estremo. Sostanzialmente in 4 ore è caduta la quantità di pioggia che solitamente cade in un anno e mezzo in… pic.twitter.com/vlPFg8p44I
Os serviços de emergência da região pediram aos cidadãos que evitassem qualquer tipo de viagem e seguissem as actualizações de fontes oficiais. Os comboios para as cidades de Madrid e Barcelona foram cancelados devido às enchentes e escolas e outros serviços essenciais foram suspensos nas áreas mais atingidas. Dezenas de voos foram também desviados ou cancelados. O Governo de Espanha criou também uma comissão de crise para acompanhar os efeitos da tempestade na costa mediterrânica e mais de mil militares de uma unidade especial de emergência foram enviados para o terreno.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou pesar pelas vítimas das chuvas intensas e manifestou disponibilidade para dar “toda a ajuda necessária” ao país vizinho. "O Governo português expressa o maior pesar pelo elevado número de vítimas das inundações registados em Espanha, mostra solidariedade a todo o povo espanhol e disponibiliza-se para toda a ajuda necessária", lê-se numa mensagem publicada na rede social X.
Marcelo Rebelo de Sousa também enviou uma mensagem ao Rei Felipe de Espanha “exprimindo solidariedade e condolências pelas dramáticas inundações na zona de Valência que provocaram dezenas de mortos e muitos feridos”, lê-se numa nota publicada na página oficial da Presidência da República.
No Outono, a região de Valência e a costa mediterrânica espanhola são alvo de um fenómeno meteorológico conhecido como "gota fria" ou DANA, uma depressão que provoca chuvas repentinas e extremamente violentas, por vezes durante vários dias. Cientistas dizem, no entanto, que os eventos meteorológicos extremos na região, como vagas de calor e tempestades, estão a tornar-se mais frequentes devido às alterações climáticas.
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Fonte: RTP Notícias
ESPANHA: Temporal catastrófico
terça-feira, 29 de outubro de 2024
ALENTEJO: Tarde de instabilidade
Tarde de instabilidade no Alentejo, associada à presença de uma baixa pressão sobre o Golfo de Cádiz e à rotação das massas de ar em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Aguaceiros e trovoadas, pontualmente fortes e acompanhados de rajadas de vento, progredindo do interior para o litoral.
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
IPMA: Inquérito a utilizadores do Meteoalrm
O Meteoalarm é um sistema europeu de distribuição de avisos meteorológicos elaborados por 38 serviços meteorológicos e hidrológicos de países europeus. O IPMA integra o sistema Meteoalarm desde a sua criação tendo, neste âmbito, iniciado a emissão de avisos meteorológicos para Portugal em 2005.
A partir da página principal do Meteoalarm é possível aceder de forma harmonizada aos avisos meteorológicos em vigor no domínio Europeu. Existe também a possibilidade de subscrição de feeds por país por parte de qualquer utilizador e, de acordo com um regulamento específico, os avisos podem ser redistribuídos por outras entidades, de que actualmente são exemplo a Accuweather e a Google.
Até ao próximo dia 9 de Novembro está disponível um curto inquérito para utilizadores, mesmo que o sejam pela primeira vez (link abaixo). As respostas irão permitir melhorar os serviços do sistema, pelo que é importante a participação com a maior abrangência possível a nível europeu.
https://meteoalarm.org/en/live/page/survey-2024#list
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Fonte: IPMA
Ranking Meteorológico Europeu (ACUMULADO)
(Actualização da postagem nº 9443)
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Relatório descritivo para as estações portuguesas
A análise dos quadros acima representados permite concluir que, relativamente às temperaturas máximas acumuladas diariamente ao longo do último ano (entre 1 de Outubro de 2023 e 30 de Setembro de 2024), destacaram-se as estações meteorológicas do Porto/Serra do Pilar, Aeródromo de Ovar (17), Estremoz, Reguengos São Pedro do Corval e Amareleja, em Portugal Continental, que registaram uma subida no ranking meteorológico europeu (estações com destaque a verde na coluna do lado direito do quadro de dados), evidenciando temperaturas máximas acumuladas nos últimos doze meses acima do normal (ano tendencialmente mais quente que o normal naquelas estações meteorológicas, considerando apenas os valores de temperatura máxima diária registados ao longo de doze meses consecutivos).
Relativamente à temperatura máxima acumulada e comparativamente à situação que se registava no final do trimestre anterior (situação que se registava no dia 30 de Junho de 2024), verifica-se que a estação meteorológica de Mértola Vale Formoso, em Portugal Continental, deixou de ser estação meteorológica em que se registava valores acumulados acima dos valores normais (deixou de ser estação meteorológica com o registo de temperaturas máximas acumuladas ao longo dos últimos doze meses acima dos valores normais).
Ainda relativamente à temperatura máxima acumulada e comparativamente à situação que se registava no final de cada trimestre anterior, concluí-se que:
- a estação meteorológica do Aeródromo de Ovar (17), em Portugal Continental, continua com a tendência de subida no ranking meteorológico europeu; esta estação meteorológica é aquela que em Portugal tem actualmente a tendência mais longa em subir no ranking das estações meteorológicas europeias, quando analisadas a acumulação da temperatura máxima diária acumulada num período de 12 meses consecutivos (esta estação meteorológica repete a situação que já registava no final dos dez trimestres anteriores, desde 31.03.2022 até 30.06.2024);
- a estação meteorológica do Porto/Serra do Pilar, em Portugal Continental, também integra o conjunto de estações meteorológicas portuguesas com tendência a subir no ranking das estações meteorológicas europeias, quando analisadas a acumulação da temperatura máxima diária acumulada num período de 12 meses consecutivos, repetindo a situação que já registava no final dos seis trimestres anteriores (31.03.2023 até 30.06.2024);
- as estações meteorológicas de Estremoz, Reguengos São Pedro do Corval e Amareleja, em Portugal Continental, também integram o conjunto de estações meteorológicas portuguesas com tendência a subir no ranking das estações meteorológicas europeias, quando analisadas a acumulação da temperatura máxima diária acumulada num período de 12 meses consecutivos, repetindo a situação que já registava no final dos cinco anteriores trimestres (30.06.2023 a 30.06.2024);
- a estação meteorológica do Funchal, no Arquipélago da Madeira, continuava em 31.06.2024 numa situação de estagnação no ranking meteorológico europeu, tal como já se verificava no final dos oito trimestres anteriores (30.09.2022 a 30.06.2024), quando analisadas a acumulação da temperatura máxima diária acumulada num período de 12 meses consecutivos;
- a estação meteorológica de Beja, em Portugal Continental, estava em 30.09.2024 numa situação de estagnação no ranking meteorológico europeu, tal como já se verificava no final do trimestre anterior (30.06.2024), quando analisadas a acumulação da temperatura máxima diária acumulada num período de 12 meses consecutivos.
- todas as restantes estações meteorológicas portuguesas, registadas no portal WeatherOnline, registam uma descida no ranking meteorológico europeu em 30.09.2024, considerando a acumulação de temperatura máxima diária ao longo de doze meses; este facto poderá revelar que as temperaturas máximas, neste caso, passaram a ser inferiores a outras estações meteorológicas europeias (devido, por exemplo, pelo surgimento de novas estações meteorológicas europeias que registam valores de temperatura máxima superiores às estações de Portugal, ou mesmo pela redução do valor de temperatura máxima diária nalgumas das estações meteorológicas portuguesas).
No que se refere aos dados de temperaturas mínimas acumuladas diariamente ao longo do último ano (entre 1 de Outubro de 2023 e 30 de Setembro de 2024), destacaram-se as estações meteorológicas do Sabugal Martim Rei, em Portugal Continental, e do Lombo da Terça, no Arquipélago da Madeira, que registaram uma subida no ranking meteorológico europeu (estações com destaque a verde na coluna do lado direito do quadro de dados), evidenciando temperaturas mínimas acumuladas nos últimos doze meses inferiores ao normal (ano tendencialmente mais frio que o normal naquelas estações meteorológicas, considerando apenas os valores de temperatura mínima diária registados ao longo de doze meses consecutivos).
Ainda relativamente à temperatura mínima acumulada e comparativamente à situação que se registava no final de cada trimestre anterior, concluí-se que:
- a estação meteorológica do Lombo da Terça, no Arquipélago da Madeira, continua com a tendência de subida no ranking meteorológico europeu; esta estação meteorológica é aquela que em Portugal tem actualmente a tendência mais longa em subir no ranking das estações meteorológicas europeias, quando analisadas a acumulação da temperatura mínima diária acumulada num período de 12 meses consecutivos (esta estação meteorológica repete a situação que já registava no final do trimestre anterior, em 30.06.2024);
- a estação meteorológica de Sabugal Martim Rei, em Portugal Continental, teve em 30.09.2024, pela primeira vez a tendência de subida no ranking meteorológico europeu, quando analisadas a acumulação da temperatura mínima diária acumulada num período de 12 meses consecutivos.
Relativamente aos dados de precipitação máximas acumuladas diariamente para o mesmo período (entre 1 de Outubro de 2023 e 30 de Setembro de 2024), as estações meteorológicas do Aeródromo do Corvo, Aeródromo do Pico, Aeródromo da Graciosa, Aeródromo de São Jorge, Horta/Faial, Lajes/Terceira, Ponta Delgada, Ponta Delgada/obs. e de Santa Maria, no Arquipélago dos Açores, de Viana do Castelo, Porto/Serra do Pilar e Évora, em Portugal Continental, registaram uma subida no ranking meteorológico europeu (estações com destaque a verde na coluna do lado direito do quadro de dados), evidenciando precipitações máximas diárias acumuladas nos últimos doze meses acima do normal (ano tendencialmente mais chuvoso/húmido que o normal naquelas estações meteorológicas, considerando apenas os valores de precipitação máxima diária registada ao longo de doze meses consecutivos).
Comparativamente ao que ocorria no final do trimestre anterior (30.06.2024), as estações meteorológicas de Ovar (17), Coimbra, Sines/Montes Chaos, em Portugal Continental, e do Funchal, no Arquipélago da Madeira, deixaram de ser estações meteorológicas com precipitações máximas diárias acumuladas acima do normal.
Ainda relativamente à precipitação máxima acumulada e comparativamente à situação que se registava no final de cada trimestre anterior, concluí-se que:
- a estação meteorológica do Aeródromo do Pico, no Arquipélago dos Açores, continua a manter a tendência de subida no ranking meteorológico europeu em 30.09.2024, tendência essa que já se registava no final dos dezasseis trimestres anteriores (desde 30.09.2020); esta estação meteorológica é aquela que em Portugal tem a tendência mais longa em subir no ranking das estações meteorológicas europeias, quando analisadas a acumulação de precipitação máxima diária acumulada num período de 12 meses consecutivos;
- a estação meteorológica do Aeródromo da Graciosa, no Arquipélago dos Açores, continua com tendência de subida no ranking meteorológico europeu em 30.06.2024, tendência que já se registava nos onze trimestres anteriores (desde 31.12.2021);
- a estação meteorológica do Aeródromo do Corvo, no Arquipélago dos Açores, continua com tendência de subida no ranking meteorológico europeu em 30.06.2024, tendência que já registavam no final dos sete trimestres anteriores (desde 31.12.2022);
- as estações meteorológicas do Aeródromo de São Jorge, Horta/Faial e de Ponta Delgada, no Arquipélago dos Açores, e de Viana do Castelo, em Portugal Continental, continuam com tendência de subida no ranking meteorológico europeu em 30.06.2024, tendência que já se registava no final dos quatro trimestres anteriores (desde 30.09.2023);
- as estações meteorológicas de Santa Maria, no Arquipélago dos Açores, e do Porto/Serra do Pilar, em Portugal Continental, continuavam com tendência de subida no ranking meteorológico europeu em 30.06.2024, tendência que já registavam no final dos três trimestres anteriores (desde 31.12.2023);
- as estações meteorológicas de Lajes/Terceira e de Ponta Delgada/obs., no Arquipélago dos Açores, e de Évora, em Portugal Continental, continuam com tendência de subida no ranking meteorológico europeu em 30.09.2024, tendência que já se registava no final do trimestre anterior (30.06.2024);
- as estações meteorológicas de Angra do Heroísmo, no Arquipélago dos Açores, e de Coimbra, em Portugal Continental, passaram estar sem tendência no ranking meteorológico europeu em 30.09.2024.
- a estação meteorológica das Flores, no arquipélago dos Açores, mantém-se sem tendência no ranking meteorológico europeu em 30.09.2024, situação que ocorre desde 30.06.2022; esta situação revela que têm sido normais os últimos dez trimestres naquela estação meteorológica, no que se refere à acumulação de precipitação máxima diária em doze meses consecutivos;
- a estação meteorológica de Viseu, em Portugal Continental, mantém-se sem tendência no ranking meteorológico europeu em 30.09.2024, situação que ocorre desde 31.03.2024; esta situação revela que têm sido normais os últimos três trimestres naquela estação meteorológica, no que se refere à acumulação de precipitação máxima diária em doze meses consecutivos;
- todas as restantes estações meteorológicas portuguesas, registadas no portal WeatherOnline, registavam em 30.09.2024 uma descida no ranking meteorológico europeu, considerando a acumulação de precipitação máxima diária ao longo de doze meses; este facto revela que a precipitação máxima diária, nestas estações, continuaram a ser inferiores a outras estações meteorológicas europeias (devido a vários factores, por exemplo, pelo surgimento de novas estações meteorológicas europeias que registam valores de precipitação máxima diária superiores às estações de Portugal, ou mesmo pela redução do valor de precipitação máxima diária nestas estações portuguesas).