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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

7986. Concluída intervenção de 3,6ME em 23 diques do Vale do Tejo

As intervenções nos 23 diques do Vale do Tejo, um investimento de 3,6 milhões de euros, foram dadas hoje por concluídas, permitindo assegurar a regularização fluvial e o controlo de cheias em zonas de inundações frequentes, anunciou a APA. Em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afirma que foram concluídas as empreitadas de reabilitação em 51 quilómetros de diques, em sete concelhos do distrito de Santarém – Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Golegã, Salvaterra de Magos e Santarém – e um do distrito de Lisboa (Azambuja).

“Esta intervenção teve por objectivo a melhoria das condições de adaptação às alterações climáticas, melhorando a fiabilidade das infraestruturas de defesa existentes, permitindo a redução do risco e dos impactos para pessoas e bens, associados à ocorrência de cheias e inundações”, afirma. A intervenção iniciou-se pelo levantamento do estado de cada dique, com o diagnóstico das características e patologias, levantamento fotográfico e georreferenciação, tendo sido elaborados cinco contratos interadministrativos entre a APA e as autarquias, para as candidaturas ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), no âmbito das “intervenções estruturais de desobstrução, regularização fluvial e controlo de cheias em zonas de inundações frequentes e danos elevados”, acrescenta.

As empreitadas de reabilitação dos diques do Vale do Tejo contemplaram o corte e limpeza de vegetação e/ou arbustos, o coroamento e taludes, o arranque ou corte de árvores, o reperfilamento e/ou reparação do corpo do dique, o refechamento das juntas deterioradas, o preenchimento das cavidades e a reparação das portas de água.

Segundo a APA, “os diques do Vale do Tejo são estruturas hidráulicas muito antigas, alguns dos quais construídos ou reconstruídos sobre antigos valados em terra que remontam à ocupação árabe da Península Ibérica”. Têm por função “contribuir para um melhor ordenamento hidráulico do leito, margens e zonas inundáveis, defendendo os terrenos adjacentes, até certos limiares de caudal, contra as inundações e alvercamentos que a velocidade das correntes pode produzir”, acrescenta.

Nas décadas mais recentes, na sequência dos estragos provocados por ocorrências de cheia, os diques foram sendo reparados com recurso a materiais como betão simples, pedra arrumada e asfalto, sendo que alguns deles não tinham qualquer intervenção “há mais de uma década”, afirma a APA.

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Fonte (texto e imagem): antena livre

 

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