domingo, 8 de janeiro de 2006

82. Noções de Meteorologia - A água na atmosfera (XV)

O nevoeiro (Parte I)
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É outro dos fenómenos de condensação do vapor de água existente na atmosfera. Na realidade, trata-se de uma nuvem tão baixa que toca o solo. Tanto o nevoeiro como a nuvem consistem em pequenas gotas de água dispersas no ar; a diferença entre ambas as formações está na altitude a que se originam e pela possibilidade de existência de cristais de gelo nas nuvens.
O nevoeiro é, pois, constituído por pequenas gotas de água tão microscópicas que flutuam no ar, reduzindo a visibilidade quanto mais juntas e espessas forem; o nevoeiro forma-se quando arrefece o ar que está em contacto com o solo ou com o mar.
Tal como as nuvens, uma massa de ar quente e húmida arrefece, atingindo o ponto de orvalho, ou seja, alcança o ponto de saturação e o vapor de água em excesso condensa-se em gotas de água graças aos núcleos de condensação.
Existem dois processos das massas de ar arrefecerem, o que permite distinguir dois tipos de nevoeiro: o nevoeiro por advecção e o nevoeiro por radiação.
No nevoeiro por advecção, uma massa de ar desloca-se de uma superfície quente para outra mais fria, o que faz diminuir a sua temperatura. Os nevoeiros marítimos formam-se, geralmente, por este processo e surgem quando uma massa de ar quente e húmida encontra ou cruza-se com uma corrente fria. O ar sofre, então, um brusco arrefecimento, atingindo o ponto de orvalho, e o vapor de água existente na massa de ar vai condensar-se em redor dos núcleos de condensação, partículas de sal neste caso.

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