quinta-feira, 6 de abril de 2006

170. Noções de Meteorologia - Conceitos teóricos fundamentais de meteorologia sinóptica (VII)

A estrutura dos centros de baixas pressões e de centros de altas pressões
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Uma superfície isobárica é uma superfície na qual existe igual pressão em todos os seus pontos. As cartas de altitude têm traçadas as posições ou altitudes dessas superfícies isobáricas em forma de cavados (“vales depressionários” ou “vaguadas”) e de cunhas (“cristas anticiclónicas”). Quanto maior é a variação (inclinação vertical) das superfícies isobáricas, maior é o vento que sopra nessa zona atmosférica.
A distância vertical existente entre duas superfícies isobáricas designa-se por espessura. Existe uma regra que indica que as espessuras são maiores quanto maior é a temperatura do ar existente entre as superfícies isobáricas. A diferença existente entre o vento das duas superfícies designa-se por vento térmico. No Hemisfério Norte, este vento caracteriza-se por deixar ar quente à sua direita e ar frio à sua esquerda.
Tais sistemas de pressão e o seu desenvolvimento em altitude originam centros de baixas pressões e centros de altas pressões, de origem dinâmica ou térmica.

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CENTROS DE BAIXAS PRESSÕES DNÂMICOS
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Trata-se de centros de baixas pressões à superfície que, por efeito do ar frio presente na coluna vertical localizada no seu centro, leva a que as espessuras entre as várias superfícies isobáricas diminuam, fazendo com que o centro de baixas pressões se intensifique em altitude.
Estes centros de baixas pressões têm colunas de ar ascendentes no seu centro, com convergência horizontal de massas de ar à superfície e divergência horizontal nas camadas mais altas. Encontram-se associados a nebulosidade em todas as suas camadas, quase sempre com mau tempo e precipitações.A inclinação das superfícies isobáricas aumenta com a altitude, pelo que também aumenta a intensidade do vento.

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CENTROS DE ALTAS PRESSÕES DINÂMICOS
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Os centros de altas pressões (ou anticiclones) dinâmicos possuem ar quente na coluna vertical localizada no seu centro, pelo que as espessuras entre as várias superfícies isobáricas seja aí maior do que no seu redor, fazendo com que o centro de altas pressões se intensifique em altitude.
Existe divergência horizontal de massas de ar à superfície e convergência nas camadas mais altas. A subsidência (descida de ar) existente em todas as camadas determina a dissipação das nuvens e o predomínio de céu pouco nublado com bom tempo.A inclinação das superfícies isobáricas também aumenta com a altitude, motivo que leva a um aumento da velocidade do vento.

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CENTROS DE BAIXAS PRESSÕES TÉRMICOS
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Trata-se de centro de baixas pressões junto à superfície, mas que desaparecem a 2000 ou 3000 metros de altitude; por cima encontram-se altas pressões que se intensificam em altitude e que abarcam quase toda a troposfera.
Estes centros de baixas pressões térmicas devem-se à presença de ar quente nas várias camadas da coluna vertical localizada no seu centro. Os ventos nestes centros diminuem com a altitude até se tornarem nulos na camada onde as superfícies isobáricas se tornam horizontais; acima desta camada, começam novamente a aumentar, já que aumenta novamente a inclinação das superfícies isobáricas.
Entre a superfície e a camada da atmosfera em que estes centros de baixas pressões desaparecem ocorre subida de massas de ar; por cima ocorre subsidência.
Estes centros de baixas pressões térmicos formam-se sobre superfícies continentais quentes.

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CENTROS DE ALTAS PRESSÕES TÉRMICOS
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Estes centros de altas pressões térmicas possuem ar frio nas várias camadas da coluna vertical existente no seu centro. A existência deste tipo de centros de pressão junto à superfície é contrabalançada, a partir dos 2000 ou 3000 metros, pela existência de baixas pressões que se intensificam com a altitude; assim, ocorre subsidência de massas de ar nas camadas de menor altitude e subida de massas de ar nas camadas de maior altitude (média e alta troposfera).
Nestes centros de altas pressões térmicos forma-se nebulosidade do tipo médio e alto, podendo originar algumas precipitações que “caiem” dentro do sector da alta pressão térmica.

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