terça-feira, 18 de julho de 2006

308. Universidade do Algarve na Antárctica

O Centro de Ciências do Mar da Universidade conseguiu que Portugal fosse membro do Scientific Committee for Antartic Research (SCAR), o que lhe permitirá desenvolver um programa de investigação nacional na Antártida. O território tem um grande potencial de investigação no âmbito das alterações climáticas, de acordo com o Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR), que conduziu a proposta de adesão ao SCAR, em conjunto com a Academia das Ciências de Lisboa.
Portugal foi aceite por unanimidade como membro associado daquele organismo internacional, na XX Reunião de Delegados que decorre em Hobart, na Austrália. Com a entrada no SCAR, Portugal tem agora a possibilidade de desenvolver um programa de investigação nacional na Antártida, onde vários cientistas nacionais já fazem trabalho de campo. Por outro lado, ficará também facilitada a cooperação a nível internacional.
Apesar desta adesão, ainda falta assinar o Tratado da Antártida, que salvaguarda a utilização desta zona do globo para fins pacíficos, para a investigação científica e a protecção ambiental. A este propósito, o CCMAR salienta, em comunicado, que Portugal é um dos poucos da União Europeia que ainda não assinou este Tratado. A Antártida é um território com grande potencial para a investigação científica e desperta também cada vez mais atenção por parte do público em todo o Mundo.
Portugal não é excepção, razão por que tem já um Comité que está a organizar a participação portuguesa no Ano Polar Internacional, que se realiza entre 2007 e 2009. Durante este biénio, o Comité irá organizar várias actividades, algumas delas mais voltadas para a educação e divulgação científica, que têm como objectivo principal realçar a importância das regiões polares e do seu estudo. Segundo informação do Comité, as regiões polares são muitíssimo importantes no quadro das alterações climáticas e ambientais, pois funcionam como sistemas de refrigeração da Terra, em particular através das trocas de calor ao nível dos oceanos e atmosfera, que regulam o clima do planeta.
Tendo em conta a importância do conhecimento das regiões polares, o Conselho Internacional para a Ciência (ICSU) declarou o período de 1 de Março de 2007 a 1 de Março de 2009, como Ano Polar Internacional (API), cujo principal objectivo é acelerar o progresso, através da conjugação de esforços.
"Adaptações de peixes do Antárctico ao stress e regulação osmótica", "Monitorização do permafrost e da camada activa nas ilhas Livingston e Deception" e "Recolha de meteoritos na Antártida" são alguns dos projectos polares que estão já a ser desenvolvidos por investigadores portugueses.
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Fonte:
Observatório do Algarve

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