A onda de calor que atingiu o País na última semana e meia bateu alguns recordes e tornou-se por isso "a mais significativa" desde o mês de Julho desde 1941, segundo o Instituto de Meteorologia (IM). Além de ter afectado quase todo o território, o que é pouco habitual, durou muitos dias (11 no Alentejo).
A outra faceta mais relevante foi o número inédito de noites tropicais consecutivas registadas em vários locais do País. Este último dado inscreve-se - e reforça -, aliás, uma tendência que hoje já é clara: "a de que o número de noites tropicais está a aumentar no território do Continente desde meados da década de 70", como afirmou ao DN a climatologista Fátima Espírito-Santo, do IM.
É a temperatura mínima, que para isso deve ser igual ou superior a 20º Celsius, que define noite tropical. Durante esta onda de calor, Faro, por exemplo, viveu 11 noites tropicais consecutivas, Almodôvar dez e a Zebreira, no Alentejo, 12. Neste mesmo período, coube a Lisboa somar oito destas noites quentes sucessivas, batendo um recorde com 16 anos. Mais significativo ainda, o Porto, muito pouco atreito a estas tropicalidades, foi bafejado com seis noites consecutivas de temperaturas acima dos 20º Celsius, quando o seu anterior máximo era de duas - e oito dias de onda de calor, o que é ali verdadeiramente inédito também.
As noites tropicais não são novidade em Portugal continental, mas não eram tão frequentes até meados da década de 70 - e muito menos assim, consecutivas, num mês de Julho, pouco atreito a ondas de calor. Os números apontam, porém, uma tendência clara. Tome-se o exemplo de Lisboa outra vez. A partir de 1975 há um aumento significativo e sustentado deste fenómeno. "Passámos de sete noites tropicais por ano, na década de 70, para 20 por ano, no fim da década de 90", explica Fátima Espírito-Santo, sublinhando que "há desde então um crescimento de quatro noites tropicais por década, o que mostra uma tendência que se pode considerar significativa".
Os valores das temperaturas mínimas registados por todo o País na última semana e meia ultrapassaram, de resto, ou igualaram, os maiores valores absolutos anteriormente observados para um mês de Julho em algumas estações. Isto é, afinal, algo que se inscreve no padrão das últimas três décadas para o território continental: o do aumento do valor médio das temperaturas mínimas.
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Fonte: Diário de Notícias
A outra faceta mais relevante foi o número inédito de noites tropicais consecutivas registadas em vários locais do País. Este último dado inscreve-se - e reforça -, aliás, uma tendência que hoje já é clara: "a de que o número de noites tropicais está a aumentar no território do Continente desde meados da década de 70", como afirmou ao DN a climatologista Fátima Espírito-Santo, do IM.
É a temperatura mínima, que para isso deve ser igual ou superior a 20º Celsius, que define noite tropical. Durante esta onda de calor, Faro, por exemplo, viveu 11 noites tropicais consecutivas, Almodôvar dez e a Zebreira, no Alentejo, 12. Neste mesmo período, coube a Lisboa somar oito destas noites quentes sucessivas, batendo um recorde com 16 anos. Mais significativo ainda, o Porto, muito pouco atreito a estas tropicalidades, foi bafejado com seis noites consecutivas de temperaturas acima dos 20º Celsius, quando o seu anterior máximo era de duas - e oito dias de onda de calor, o que é ali verdadeiramente inédito também.
As noites tropicais não são novidade em Portugal continental, mas não eram tão frequentes até meados da década de 70 - e muito menos assim, consecutivas, num mês de Julho, pouco atreito a ondas de calor. Os números apontam, porém, uma tendência clara. Tome-se o exemplo de Lisboa outra vez. A partir de 1975 há um aumento significativo e sustentado deste fenómeno. "Passámos de sete noites tropicais por ano, na década de 70, para 20 por ano, no fim da década de 90", explica Fátima Espírito-Santo, sublinhando que "há desde então um crescimento de quatro noites tropicais por década, o que mostra uma tendência que se pode considerar significativa".
Os valores das temperaturas mínimas registados por todo o País na última semana e meia ultrapassaram, de resto, ou igualaram, os maiores valores absolutos anteriormente observados para um mês de Julho em algumas estações. Isto é, afinal, algo que se inscreve no padrão das últimas três décadas para o território continental: o do aumento do valor médio das temperaturas mínimas.
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Fonte: Diário de Notícias
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