Condições favoráveis para o aparecimento de brisas (I)
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Todas as condições que favoreçam o aumento do gradiente de pressão entre o ar que se encontra sobre o mar e o ar que se encontra sobre a superfície terrestre favorecem a formação de brisas.
-UM GRADIENTE TÉRMICO DE 4 OU 5º CELSIUS APROXIMADAMENTE: Em geral, basta que a temperatura do ar sobre a superfície terrestre seja superior a 1º Celsius relativamente ao ar que se encontra sobre o mar para que fiquem criadas as condições que levam ao aparecimento das brisas diurnas; abaixo desse valor dificilmente se estabelecem.
Isto explica que, em zonas onde a superfície do mar aquece muito, as condições favoráveis para que se estabeleça um gradiente térmico ocorram na época do ano em que a água do mar se encontra mais fria e o sol é capaz de aquecer com intensidade a superfície terrestre - ou seja, no final da Primavera e no início do Verão. No Inverno, a capacidade de aquecimento do sol é tão débil, que qualquer circunstância contrária faz com que não ocorram brisas.
-CÉU LIMPO OU POUCO NUBLADO: A ausência de nuvens favorece o aquecimento da superfície terrestre durante o dia e a perda do seu calor durante a noite, pelo que favorece o gradiente térmico diurno e nocturno.
O céu muito nublado não deixa aquecer a superfície terrestre durante o dia e guarda o calor desta durante a noite.
-A INSTABILIDADE TÉRMICA VERTICAL: Quanto maior gradiente térmico vertical existir, mais facilmente tenderá o ar quente a subir e a gerar uma maior depressão; portanto mais brisa ocorrerá.
Se nas camadas superiores da atmosfera existir ar quente, e qualquer que seja o gradiente térmico entre a superfície do mar e a superfície terrestre, não haverá brisas. Isto explica que visualmente pode-se prever a intensidade da brisa través da observação das nuvens de desenvolvimento vertical que se formam junto à costa – quanto mais altas, dependendo evidentemente de outros factores, mais intensa poderá ser a brisa.
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