sexta-feira, 25 de agosto de 2006

400. Noções de Meteorologia - O vento (XVI)

Condições favoráveis para o aparecimento de brisas (II)
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-AUSÊNCIA DE VENTOS SINÓPTICOS GERAIS: Se existirem gradientes de pressão geral mais fortes provenientes de depressões térmicas ou polares, as condições de vento originadas por estas depressões prevalecem sobre as brisas térmicas.
Na realidade, ambos os gradientes de pressão atmosférica – o geral e o local que origina a brisa – se somam, alterando a direcção e a intensidade do vento sinóptico dominante ou, se as brisas são dominantes, as condições gerais de pressão influenciam na sua direcção e intensidade.
-COSTA SEM UMA OROGRAFIA ALTA: As vertentes montanhosas de considerável altitude que sejam paralelas à linha de costa constituem uma barreira considerável para a formação de brisas. Pelo contrário, os vales favorecem o surgimento de brisas.
-SUPERFÍCIE TERRESTRE COM ELVADO COEFICIENTE DE ABSORÇÃO DE CALOR SOLAR: A superfície terrestre descoberta tem um maior coeficiente de absorção de calor solar (aquece mais rapidamente) que as plantas; por isso as áreas com bosques debilitam as brisas. Pelo contrário, o cimento, as rochas e o asfalto das áreas urbanas têm um elevadíssimo coeficiente de absorção de calor, o que incrementa as brisas.
Por outro lado, os automóveis e as fábricas das concentrações urbanas incrementam ainda mais o calor do ar, pelo que as grandes cidades costeiras favorecem a formação de brisas nas suas costas.

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