terça-feira, 15 de agosto de 2006

381. Quercus: Portugal bate recorde nacional de poluição por ozono

AVISOS NÃO CHEGAM ÀS POPULAÇÕES - Entre 6 e 12 Agosto, Portugal registou os valores mais altos de poluição por ozono de que há registo, denuncia a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, num comunicado publicado online. Os ambientalistas chegaram a esta conclusão depois de analisar as informações sobre a qualidade do ar disponibilizadas no «site» do Ministério do Ambiente. Apesar de não validados, os dados deverão permanecer inalterados depois de verificados pelos técnicos, refere a Quercus.
Na semana em questão foram então registados três recordes de ultrapassagem aos limites de ozono. A concentração mais elevada verificou-se na Chamusca, região de Lisboa e Vale do Tejo, pelas 16h00 do dia 11 de Agosto. A semana distinguiu-se ainda por registar o maior número de horas de excedência ao limiar de informação ao público, com o dia 11 a sobressair novamente, com um registo de 101 horas. Neste particular, a Quercus afirma ainda que se verifica uma «falta de avisos obrigatórios nas rádios e televisões», pelo que «exige articulação entre entidades regionais do Ministério do Ambiente e a comunicação social».
Os ambientalistas reclamam ainda a implementação de medidas de antecipação. «No quadro da legislação vigente, deverão existir planos que evitem as elevadas concentrações de ozono», nomeadamente «as limitações de tráfego e de outras fontes de poluição» em particular quando se verificam condições favoráveis à formação deste poluente, lê-se na nota informativa.
O ozono é um poluente secundário cuja formação é condicionada por forte radiação solar e elevadas temperaturas. As concentrações mais elevadas verificam-se em geral da parte da tarde, na sequência da transformação dos poluentes emitidos durante a manhã e devido às reacções químicas que ocorrem devido à intensa radiação solar e temperatura.
Os efeitos na saúde à exposição de curto prazo a elevadas concentrações de ozono passam por danos aos pulmões e inflamação das vias respiratórias, aumento da tosse e maior probabilidade de ataques de asma, alerta a Quercus.

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