terça-feira, 28 de novembro de 2006

671. Autarca de Constância pede obras urgentes nas margens do Zêzere

O presidente da Câmara Municipal de Constânciaa, António Mendes, alertou hoje para a necessidade de "obras urgentes" para reparar os rombos provocados nas margens do rio Zêzere pelas cheias dos últimos dias. António Mendes disse hoje à Agência Lusa que existem "enormes rombos na s margens esquerda e direita do Zêzere, entre a ponte da A23 e a confluência com o Tejo".
"Estes rombos estão a aumentar constantemente com a subida e a descida da água", disse o autarca, defendendo a realização de obras imediatas para evitar prejuízos maiores. Hoje de manhã António Mendes vai tentar o contacto com o secretário de Estado da Administração Interna e com o presidente do Instituto da Água (INAG), dando-lhes conta das suas preocupações.
Segundo o autarca, "na margem direita, o rio provocou um rombo numa maracha natural, enquanto na margem esquerda provocou um rombo num laranjal e em terrenos de cultivo". "Se as águas voltam a subir, não só aumentará a extensão dos rombos, como a sua profundidade", alertou António Mendes, adiantando não se lembrar, em 21 anos de vida autárquica, de umas cheias que tenham provocado tantos estragos como as dos últimos dias.
O presidente da Câmara de Constância disse, por outro lado, que a remoção do entulho e sujidade deixados pelas cheias no concelho vão ainda "demorar umas duas semanas", para o que os serviços camarários contam com o apoio de militares. Na zona baixa da vila de Constância, entretanto, a vida vai voltando ao normal, com as operações de limpeza a decorrerem desde o dia de segunda-feira.
António Mendes já Segunda-feira tinha criticado o sistema de gestão de descargas das barragens, considerando que as mesmas são feitas "numa óptica meramente economista".
O autarca lamentou, nomeadamente, que as descargas da barragem de Castelo de Bode "não tivessem sido feitas gradualmente" desde há duas semanas, altura em que "estava com um nível elevadíssimo de água". "Só quando se chega ao limite da capacidade é que se descarrega", disse o autarca, numa acusação que foi refutada pelo presidente do INAG. Orlando Borges negou que tenha havido uma gestão "economista" das barragens do Tejo, sublinhando que foi feita uma "adequação das descargas" a um "sistema complexo" de bacias e afluentes.
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Fonte:
Agência Lusa

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