Pela primeira vez na sua história, a Agência Internacional de Energia (AIE) defende abertamente as vantagens da opção nuclear. As fontes abundantes de urânio e a menor dependência de combustíveis fósseis tornam, segundo os seus analistas, a energia nuclear numa solução atractiva para resolver os actuais problemas de fornecimento energético a nível mundial.
"A economia evoluiu em favor da energia nuclear, que oferece vantagens consideráveis na redução das emissões de gás de efeito estufa e em termos de segurança energética", explica a AIE nas suas Perspectivas Energéticas Mundiais de 2006 (PEM). Na apresentação do documento, o director-executivo da agência, Claude Mandil, sublinhou: "não vejo como poderemos evitar o nuclear se queremos ter um futuro sustentável no longo prazo. Globalmente, consideramos que o nuclear tem de fazer parte do mix energético".
A solução nuclear faz parte de uma série de medidas incluídas num "Cenário Alternativo", sugerido pela AIE para fazer face às preocupações relacionadas com a segurança energética global e com as alterações climáticas provocadas pela emissão de dióxido de carbono (CO2). Esta agência foi fundada após o embargo árabe de petróleo de 1973-74 para funcionar como auxílio nas políticas energéticas dos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
"A energia nuclear pode contribuir significativamente para reduzir a dependência das importações de gás e travar as emissões de CO2", pode ler-se nas PEM. No referido "Cenário Alternativo", o investimento resultante de políticas adequadas ao nuclear pode colocar a capacidade geradora desta indústria nos 519 gigawatts em 2030, contra os 416 gigawatts que serão alcançados sem qualquer estímulo adicional. No entanto, a AIE alerta que a solução nuclear só será eficaz se "as preocupações sobre segurança das centrais, os resíduos e os riscos de proliferação nuclear forem solucionados de forma satisfatória para as pessoas".
Num comentário a esta posição, citado pela Reuters, a Associação Mundial do Nuclear manifestou a sua "satisfação com o facto de a AIE ter dado uma indicação tão clara sobre a capacidade do nuclear para responder às necessidades dos dias de hoje". Já a Greenpeace sublinhou que "investir no nuclear é uma forma garantida de perder a batalha contra as alterações climáticas".
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Fonte: DN Online (Pedro Esteves)
"A economia evoluiu em favor da energia nuclear, que oferece vantagens consideráveis na redução das emissões de gás de efeito estufa e em termos de segurança energética", explica a AIE nas suas Perspectivas Energéticas Mundiais de 2006 (PEM). Na apresentação do documento, o director-executivo da agência, Claude Mandil, sublinhou: "não vejo como poderemos evitar o nuclear se queremos ter um futuro sustentável no longo prazo. Globalmente, consideramos que o nuclear tem de fazer parte do mix energético".
A solução nuclear faz parte de uma série de medidas incluídas num "Cenário Alternativo", sugerido pela AIE para fazer face às preocupações relacionadas com a segurança energética global e com as alterações climáticas provocadas pela emissão de dióxido de carbono (CO2). Esta agência foi fundada após o embargo árabe de petróleo de 1973-74 para funcionar como auxílio nas políticas energéticas dos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
"A energia nuclear pode contribuir significativamente para reduzir a dependência das importações de gás e travar as emissões de CO2", pode ler-se nas PEM. No referido "Cenário Alternativo", o investimento resultante de políticas adequadas ao nuclear pode colocar a capacidade geradora desta indústria nos 519 gigawatts em 2030, contra os 416 gigawatts que serão alcançados sem qualquer estímulo adicional. No entanto, a AIE alerta que a solução nuclear só será eficaz se "as preocupações sobre segurança das centrais, os resíduos e os riscos de proliferação nuclear forem solucionados de forma satisfatória para as pessoas".
Num comentário a esta posição, citado pela Reuters, a Associação Mundial do Nuclear manifestou a sua "satisfação com o facto de a AIE ter dado uma indicação tão clara sobre a capacidade do nuclear para responder às necessidades dos dias de hoje". Já a Greenpeace sublinhou que "investir no nuclear é uma forma garantida de perder a batalha contra as alterações climáticas".
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Fonte: DN Online (Pedro Esteves)
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