sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

844. Presidente suíço sugere imposto sobre CO2

Durante a Conferência do Clima em Nairobi, o presidente suíço Moritz Leuenberger sugeriu mais uma vez a criação de um imposto mundial sobre a produção de CO2. Os recursos gerados pelo novo imposto poderiam ser utilizados para combater as causas do aquecimento global.
"Não se trata mais de combater apenas as causas do aquecimento global, mas também de evitar os danos ameaçadores e, onde for possível, também assumir os prejuízos e organizar as indemnizações no caso de catástrofes climáticas ligadas ao problema", declarou o presidente da Confederação Helvética e ministro do Meio Ambiente, Moritz Leuenberger. Com base no princípio do causador, a taxa poderia ser cobrada de cada cidadão ou empresa responsável pela emissão do gás. Os recursos gerados poderiam ser aplicados nas medidas de adaptação necessárias a todos os países do globo.
O presidente também declarou que os recursos gerados pelo novo imposto servirão tanto para combater as causas do aquecimento, como também as consequências. Dessa forma o dinheiro teria utilidade dupla. O imposto iria incentivar os países produtores de CO2 a reduzir suas emissões ou investir em tecnologias mais ecológicas. Leuenberger acredita que o imposto do CO2 é um meio de assegurar justiça, sobretudo pelo facto dos países mais afectados pelo problema serem também os que menos contribuem para as causas.
O imposto do CO2 também iria unir interesses económicos com ecológicos. "Os países que ainda se recusam a assinar o Protocolo de Kyoto precisam tomar medidas caso não queiram ser culpados no futuro de permitir a catástrofe. Nunca é tarde para mudar e também para aprender dos seus próprios erros. Também o país mais poderoso do mundo também será atingido por uma possível catástrofe climática".Leuenberger clamou também aos representantes da economia. Ao participar da luta contra as mudanças climáticas, estes estariam assegurando sua própria existência.
O presidente suíço lembrou ainda o relatório Stern, onde se confirma que os prejuízos causados pelas mudanças climáticas irão custar mais aos países do que investir agora em medidas ecológicas.
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Fonte (texto e imagem): Swissinfo

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