quarta-feira, 10 de outubro de 2007

1289. A Terra e a sua atmosfera (XIV)

Altura e pressão da atmosfera (III)
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A uns 5 000 metros de altitude os pulmões já não encontraram oxigénio suficiente para cumprir as suas funções respiratórias; por esse facto, os escaladores e os alpinistas das altas montanhas necessitam de transportar uma provisão de oxigénio puro. Pelo mesmo motivo, os aviões que navegam a grande altitude mantêm nas suas cabines uma composição e pressão de ar similar ao nível do mar.
Para o nosso dia a dia, a pressão atmosférica que suportamos é tão útil como o oxigénio que respiramos. Tal como sem oxigénio afixaríamos, sem a pressão atmosférica entraríamos em ebulição. Como é sabido, a ebulição de um líquido não é mais do que o ponto em que os seus vapores se equilibram e vencem o peso do ar que suportam. Numa montanha a grande altitude, a água encontra-se submetida a uma pressão menor e, portanto, ferve a uma temperatura mais baixa. Se os ocupantes de um avião que voa a 10000 metros de altitude não tivessem numa cabine hermética, devidamente pressurizada, o sangue e os líquidos do seu corpo ferviam literalmente.
A atmosfera não termina abruptamente a uma determinada altitude, pelo que não se pode assinalar a sua fronteira de uma forma definida. Antes da Era Cósmica considerava-se que o confim teórico da atmosfera da Terra se situaria a uns 500 quilómetros de altitude; mas, graças aos satélites artificiais colocados em orbita em torno do nosso planeta, foi possível detectar moléculas de gases atmosféricos até 1 000 quilómetros de altitude, que parece ser o limite superior das auroras.

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