segunda-feira, 19 de novembro de 2007

1376. Angela Merkel pede à Índia para fazer mais contra as alterações climáticas

A chanceler alemã Angela Merkel pediu à Índia, um dos países mais poluidores do mundo, para fazer mais no combate às alterações climáticas, garantindo que a Alemanha está disposta a ajudar Nova Deli neste esforço. Merkel, antiga ministra do Ambiente que colocou o sobre-aquecimento global no topo da sua agenda internacional, disse que as nações mais ricas e as economias emergentes precisam chegar a um consenso sobre a responsabilidade que devem assumir para lutar contra as alterações do clima, em vez de estarem a discutir entre si por isso.
“Temos de mostrar que estamos dispostos a um equilíbrio”, comentou Merkel, que começou uma visita de quatro dias à Índia, perante empresários em Nova Deli. “Acordos multilaterais são a essência”. A Alemanha pode ajudar a Índia a tornar-se mais eficiente na utilização da energia através da partilha de tecnologia e ao evitar “erros que fizemos nos países industrializados”, propôs.
As economias emergentes como a China e a Índia opõem-se a regulamentações ambientais rígidas ou a constrangimentos no uso da energia, alegando que isso pode comprometer o seu crescimento económico. Por isso, acreditam que devem ser os países industrializados a carregar o fardo da redução de emissões de gases com efeito de estufa.
Segundo a comunidade científica, as alterações climáticas deverão ter um grave impacto no Sul do continente asiático, uma região que tem uma longa linha costeira e que depende das chuvas das monções e dos rios alimentados pelos glaciares nos Himalaias. A redução dos glaciares pode pôr em risco o abastecimento de água a centenas de milhões de pessoas e a subida do nível do mar pode ameaçar cidades como Mumbai e Kolkata, bem como o vizinho Bangladesh.
Nova Deli deverá apresentar um plano nacional para combater o sobre-aquecimento global até ao final deste ano. A Índia é a terceira maior economia da Ásia e, nos últimos quatro anos, tem crescido a uma média de 8,6 por cento, ritmo que deverá manter.
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Fonte: Público

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