quarta-feira, 21 de novembro de 2007

1382. Queda de granizo destruiu grande parte da cultura de arroz no Semideiro

Uma trovoada de granizo que caiu durante cerca de 20 minutos, no Semideiro, Chamusca, destruiu quase por completo 40 hectares de arrozais pertencentes a cinco pequenos agricultores da localidade que viram assim a sua principal fonte de rendimento praticamente arrasada.
A trovoada abateu-se sobre o pequeno lugar do Semideiro e a zona circundante no dia 15 de Outubro, pelas 17h30. Segundo os habitantes da povoação, não foi uma coisa vulgar. “Durante cerca de 20 minutos caíram do ar bolas de gelo com um diâmetro de cerca de dois centímetros, que destruíram hortas e culturas, fizeram buracos em estores e chegaram a partir telhas em algumas casas mais antigas”. Os prejuízos maiores aconteceram nos cerca de 40 hectares de arroz cultivados na zona. “O arroz cultivado estava em condições de ser ceifado e levado para a fábrica e o granizo ripou uma grande parte das espigas, causando um prejuízo em praticamente metade da colheita” garantiu António Maia, um dos pequenos agricultores atingidos pela intempérie.
Os estragos são evidentes e por isso os cinco agricultores prejudicados já pediram ajuda à CADOVA – Cooperativa Agrícola do Vale de Arraiolos, de que são associados e para onde canalizavam a produção, para os ajudar e apresentar o problema ao INGA – Instituto Nacional de Intervenção Agrícola, entidade pagadora de ajudas à agricultura, de forma a procurar minimizar os prejuízos. A CADOVA aceitou o pedido dos agricultores e garantiu o seu apoio na procura de ajuda. Já enviou uma carta urgente para o INGA, mas foi avisando os agricultores de que não devem ter muita esperança em obter apoios, porque noutras situações do género não houve desenvolvimentos.
Por isso os agricultores tomaram também eles a decisão de entrar em contacto com o INGA, a pedir que venham ver a calamidade que sobre eles se abateu. “Pedimos que venham ver esta desgraça e nos ajudem. Se vieram há poucos dias confirmar a área cultivada do agricultor José Loureiro, também podem vir ver esta calamidade e ver se nos podem ajudar. Temos poucas esperanças, mas não temos dúvidas de que se vierem aqui ver o que se passou podem ficar mais sensibilizados. Esta é a nossa única fonte de sobrevivência”, disse com manifesta tristeza e preocupação António Maia.
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Fonte: O Mirante

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