A empresa Somincor, proprietária da mina de Neves-Corvo, no concelho alentejano de Castro Verde, está a desenvolver um projecto inovador na Europa para depositar em pasta os rejeitados do complexo mineiro num aterro em forma de barragem. "O projecto é inovador, porque prevê a utilização, a nível europeu, de uma tecnologia nova para depositar em pasta rejeitados de minas de sulfuretos", que irá permitir substituir a actual deposição subaquática usada no complexo de Neves-Corvo, explicou o administrador-delegado da Somincor, John Andreatidis, em entrevista à agência Lusa.
Na Europa, a deposição em pasta, usada em vários tipos de resíduos sólidos, ainda não foi aplicada a resíduos provenientes de minas de sulfuretos, explicou o responsável.
Na Europa, a deposição em pasta, usada em vários tipos de resíduos sólidos, ainda não foi aplicada a resíduos provenientes de minas de sulfuretos, explicou o responsável.
No processo de concentração do minério, as lavarias de cobre e zinco do complexo da Somincor produzem anualmente 1.800 toneladas de rejeitados, espécies minerais presentes nos minérios que não têm valor económico e são portadores de elementos químicos contaminantes, desvalorizando, ou impedindo, o comércio dos concentrados. Daquele total, 500 toneladas são reutilizadas no processo de enchimento da mina e as restantes 1.300 armazenadas, através de deposição subaquática na barragem do Cerro do Lobo, integrada no complexo mineiro de Neves-Corvo e situada a cerca de quatro quilómetros da área industrial.
Através do novo método, os rejeitados, que actualmente são depositados de forma sólida no fundo da barragem, serão transformados numa pasta "altamente viscosa" e resultante de uma mistura de alta densidade de água com os rejeitados sólidos. A barragem do Cerro do Lobo está a ser fechada em células, tipo salinas, onde serão depositados os rejeitados em pasta e, depois de cheias, vão levar uma cobertura vegetal.
O novo método, "mais vantajoso", frisou o responsável, além de "maximizar a capacidade" da barragem, vai permitir "minimizar os impactes ambientais". A deposição em pasta vai permitir a "completa reabilitação e revegetação de toda a área" da barragem, num processo "compatível com um plano de fecho da actividade mineira sustentável e economicamente viável", garantiu John Andreatidis. Após vários ensaios em laboratório, de campo e pilotos e de uma investigação hidrogeológica, o projecto está em fase de aprovação pelas entidades nacionais e europeias.
A Somincor aguarda também a saída de normas legislativas a nível europeu e nacional aplicáveis à deposição em pasta de resíduos de minas de sulfuretos para avançar com o novo método à escala industrial.
Através do novo método, os rejeitados, que actualmente são depositados de forma sólida no fundo da barragem, serão transformados numa pasta "altamente viscosa" e resultante de uma mistura de alta densidade de água com os rejeitados sólidos. A barragem do Cerro do Lobo está a ser fechada em células, tipo salinas, onde serão depositados os rejeitados em pasta e, depois de cheias, vão levar uma cobertura vegetal.
O novo método, "mais vantajoso", frisou o responsável, além de "maximizar a capacidade" da barragem, vai permitir "minimizar os impactes ambientais". A deposição em pasta vai permitir a "completa reabilitação e revegetação de toda a área" da barragem, num processo "compatível com um plano de fecho da actividade mineira sustentável e economicamente viável", garantiu John Andreatidis. Após vários ensaios em laboratório, de campo e pilotos e de uma investigação hidrogeológica, o projecto está em fase de aprovação pelas entidades nacionais e europeias.
A Somincor aguarda também a saída de normas legislativas a nível europeu e nacional aplicáveis à deposição em pasta de resíduos de minas de sulfuretos para avançar com o novo método à escala industrial.
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Fonte: Agência LUSA
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