As Organizações Não Governamentais do Ambiente (ONGA) alertam, no Dia Mundial da Água, numa carta enviada ao presidente da Comissão Europeia, para o impacto da construção de 12 novas barragens na qualidade e quantidade dos ecossistemas aquáticos. Os ambientalistas reconhecem os aspectos positivos da energia hidroeléctrica, mas apontam danos significativos nos cursos de água e desvalorizam o impacto na redução das emissões para a atmosfera.
Em Outubro, o governo português, através do Instituto da Água, apresentou o Programa de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico, um investimento de mil milhões de euros que visa produzir electricidade equivalente a 3,3 % de toda a energia produzida em Portugal. Os ambientalistas não vêm apenas os aspectos positivos destes empreendimentos, detectando vários problemas para a natureza.
«Este investimento não garante um retorno, porque no futuro prevê-se que, com as alterações climáticas, os caudais terão reduzidos substancialmente», logo «a capacidade de produção de energia eléctrica também irá diminuir substancialmente nos próximos anos», disse à TSF Paula Chainho, da Liga para a Protecção da Natureza (LPN). A ambientalista garantiu que existem alternativas que asseguram uma resposta a curto prazo, como «a utilização de electrodomésticos mais eficientes», o «uso de lâmpadas de poupança de energia», ou a «microgeração» de energia.
«Pedimos que na União Europeia não se aprovem decisões justificadas do ponto de vista da política energética para dar supostamente resposta às alterações climáticas, passando por cima de outra legislação europeia, como aquela que protege a biodiversidade e a gestão da água», justificou.
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Fonte: TSF
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