Os agricultores de Portalegre queixam-se de graves prejuízos causados pela chuva "fora de época" que tem caído na região e que está a prejudicar várias culturas e trabalhos de corte e de conservação de forragens para fenos.
"Mesmo que a chuva pare hoje, já existem prejuízos graves na qualidade dos fenos", garantiu hoje à agência Lusa um proprietário de uma exploração agrícola com cerca de 1.000 hectares em São Vicente, no concelho de Elvas. Este agricultor, que tem neste momento mais de 25 hectares cortados para feno, os quais já deveriam de estar enfardados e armazenados, considerou a situação "gravosa" para o sector. "Na região os agricultores estão a ser bastante afectados", sublinhou.
De acordo com este agricultor, que se dedica também à produção de cereais e à criação de bovinos de carne, as forragens estão "a perder qualidade" porque a chuva está a provocar "fungos" nos fenos. "Se continuar a chover, os cereais vão também ser afectados, perdendo qualidade, peso específico e quantidade", alertou ainda o agricultor. Descapitalizados e sem soluções à vista para resolver esta situação a curto prazo, muitos agricultores da região não colocam de parte a possibilidade de, a partir de Outubro, adquirirem forragens noutros países europeus, principalmente em Espanha.
De acordo com este agricultor, que se dedica também à produção de cereais e à criação de bovinos de carne, as forragens estão "a perder qualidade" porque a chuva está a provocar "fungos" nos fenos. "Se continuar a chover, os cereais vão também ser afectados, perdendo qualidade, peso específico e quantidade", alertou ainda o agricultor. Descapitalizados e sem soluções à vista para resolver esta situação a curto prazo, muitos agricultores da região não colocam de parte a possibilidade de, a partir de Outubro, adquirirem forragens noutros países europeus, principalmente em Espanha.
A chuva que se faz sentir nesta altura do ano no Alentejo está ainda a prejudicar a produção de cerejas e, em particular, a atrasar o início da cultura do tomate. "Os agricultores que querem plantar tomate não o conseguem fazer e existem outros que querem efectuar trabalhos fitossanitários e a chuva está também a impedir esse mesmo serviço".
Uma produtora de cerejas em São Julião, no concelho de Portalegre, queixou-se igualmente de estar a ter um "enorme prejuízo" na sua exploração. A proprietária de um pomar de cerejas com dois hectares assegurou que, "em anos normais", produz "mais de quatro mil quilos" daquele fruto, mas, este ano, a produção vai ficar "muito aquém das expectativas".
Em declarações à Lusa, o presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP) mostrou-se preocupado com os problemas que os agricultores atravessam devido ao mau tempo na região. "Ainda é cedo para avaliarmos os prejuízos deste excesso de chuva para a época, mas os atrasos no corte e conservação de forragens para fenos são o ponto mais crítico, até ao momento, nas explorações agrícolas", declarou.
Uma produtora de cerejas em São Julião, no concelho de Portalegre, queixou-se igualmente de estar a ter um "enorme prejuízo" na sua exploração. A proprietária de um pomar de cerejas com dois hectares assegurou que, "em anos normais", produz "mais de quatro mil quilos" daquele fruto, mas, este ano, a produção vai ficar "muito aquém das expectativas".
Em declarações à Lusa, o presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP) mostrou-se preocupado com os problemas que os agricultores atravessam devido ao mau tempo na região. "Ainda é cedo para avaliarmos os prejuízos deste excesso de chuva para a época, mas os atrasos no corte e conservação de forragens para fenos são o ponto mais crítico, até ao momento, nas explorações agrícolas", declarou.
No entanto, considerou que, "se nas culturas outonais vai haver problemas, com atraso no corte e conservação das forragens, já nas culturas de Primavera poderão existir vantagens, nomeadamente na acumulação das necessidades hídricas". As culturas outonais mais frequentes no Alentejo e que estão, neste momento, a ser afectadas pela chuva são as aveias, triticale e as leguminosas. A produção de milho, sorgos e erva do Sudão são, por seu turno, as tradicionais culturas de primavera aplicadas, nesta altura do ano, no Alentejo.
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Fonte: Agência LUSA
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