Nicholas Stern, especialista em mudanças climáticas, afirmou ter subestimado a ameaça do aquecimento global num relatório de 18 meses atrás no qual comparou os riscos económicos impostos pelo aquecimento à Grande Depressão da década de 1930. As pesquisas mais recentes mostravam que as emissões mundiais de gases do efeito estufa aumentavam mais rapidamente e prejudicavam mais profundamente o clima do que imaginado antes, afirmou Stern numa entrevista à Reuters.
Há, por exemplo, indícios crescentes de que os oceanos do planeta encontravam-se cada vez mais saturados e não poderiam absorver uma quantidade tão grande quanto a imaginada antes de gás carbónico (o principal dos gases do efeito estufa), disse o pesquisador. "As emissões estão aumentando muito mais rapidamente do que poderíamos imaginar, a capacidade de absorção do planeta é menor do que pensávamos, os riscos oferecidos pelos gases do efeito estufa são maiores do que estimavam as mais cautelosas previsões e a velocidade das mudanças climáticas parece ter aumentado", afirmou à Reuters.
Segundo Stern, o comprometimento de alguns países, como os que integram a União Europeia (UE), com o corte nas emissões precisava agora ser traduzido em acções concretas. O relatório anterior do cientista previu que, mantidas as tendências actuais, a média global das temperaturas se elevaria em 2 a 3 graus Célsius nos próximos 50 anos mais ou menos, o que poderia reduzir o consumo per capita mundial em até 20 por cento, processo esse no qual os países pobres seriam os mais prejudicados.
Alguns estudiosos afirmaram que Stern tinha exagerado ao prever os custos futuros do aquecimento global em até 20 vezes o custo de combater o problema agora. O cientista disse que indícios cada vez mais numerosos sobre as mudanças climáticas justificavam o seu relatório, divulgado em Outubro de 2006.
O Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou um relatório no ano passado sem descrever em detalhes algumas das maiores ameaças impostas pelo aquecimento, tais como a capacidade dos oceanos de absorver gás carbónico, porque os cientistas precisavam ter cautela e porque as provas a respeito dessas questões ainda eram escassas, disse Stern, ex-presidente do Banco Mundial. "O IPCC realizou um trabalho incrível, mas as coisas estão mudando", afirmou à Reuters.
Segundo Stern, a fim de minimizar os riscos das perigosas alterações climáticas, as emissões de gases do efeito estufa deveriam ser cortadas pela metade até o ano de 2050. Ele disse ainda que os EUA deveriam diminuir as suas emissões até 90 por cento até lá.
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Alguns estudiosos afirmaram que Stern tinha exagerado ao prever os custos futuros do aquecimento global em até 20 vezes o custo de combater o problema agora. O cientista disse que indícios cada vez mais numerosos sobre as mudanças climáticas justificavam o seu relatório, divulgado em Outubro de 2006.
O Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou um relatório no ano passado sem descrever em detalhes algumas das maiores ameaças impostas pelo aquecimento, tais como a capacidade dos oceanos de absorver gás carbónico, porque os cientistas precisavam ter cautela e porque as provas a respeito dessas questões ainda eram escassas, disse Stern, ex-presidente do Banco Mundial. "O IPCC realizou um trabalho incrível, mas as coisas estão mudando", afirmou à Reuters.
Segundo Stern, a fim de minimizar os riscos das perigosas alterações climáticas, as emissões de gases do efeito estufa deveriam ser cortadas pela metade até o ano de 2050. Ele disse ainda que os EUA deveriam diminuir as suas emissões até 90 por cento até lá.
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Fonte: O Globo
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