O presidente do Brasil espera reunir 21 mil milhões de dólares até 2021 para combater a desflorestação e o aquecimento global. O “Fundo Amazónia” vai recolher donativos junto dos países desenvolvidos. É a primeira vez que o Brasil aceita a relação entre o aquecimento global e a preservação da floresta.
Com a criação do fundo, as autoridades brasileiras querem alterar o modelo de desenvolvimento da região. “A nossa guerra não é contra os números da desflorestação do último mês, é contra um modelo que empobrece as pessoas e destrói a floresta tropical”, afirmou o ministro brasileiro do Ambiente Carlos Minc. O chefe de Estado garantiu que o Brasil vai saber assumir as responsabilidades. “O Brasil vai certamente assumir a sua responsabilidade de preservar a Amazónia, de combater o aquecimento global”.
Com a criação do fundo, as autoridades brasileiras querem alterar o modelo de desenvolvimento da região. “A nossa guerra não é contra os números da desflorestação do último mês, é contra um modelo que empobrece as pessoas e destrói a floresta tropical”, afirmou o ministro brasileiro do Ambiente Carlos Minc. O chefe de Estado garantiu que o Brasil vai saber assumir as responsabilidades. “O Brasil vai certamente assumir a sua responsabilidade de preservar a Amazónia, de combater o aquecimento global”.
Os ambientalistas apontam a simbolismo da criação do fundo. Segundo um responsável da Greenpeace Brasil “esta é a primeira vez que o Brasil aceita a relação entre o aquecimento global e a preservação da floresta”. “Durante muito tempo, o Brasil opôs-se violentamente a isto, insistindo que a responsabilidade era dos combustíveis fósseis. Historicamente tem razão, mas actualmente as florestas têm um papel importante”, acrescentou Sérgio Leitão.
O fundo será administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil. O director do departamento ambiental da instituição explicou que a estimativa de 21 mil milhões foi calculada “com base no potencial do fundo para atrair donativos”. O primeiro país doador foi a Noruega, que ofereceu cem milhões de dólares.
A desflorestação na Amazónia é responsável por 80 por cento dos gases de estufa emitidos pelo Brasil e coloca o país entre os mais poluentes no que respeita a este tipo de emissões. Um relatório, com base em fotos de satélite, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) refere que foram destruídos 870 quilómetros quadrados só no mês de Junho. É uma área ligeiramente superior à da ilha da Madeira. O INPE não conseguiu observar a totalidade do território amazónico, porque cerca de 30 por cento do mesmo esteve coberta de nuvens. Contudo, a área desflorestada desceu 20 por cento em comparação com o mês de Maio, quando foram destruídos 1.096 quilómetros quadrados. Neste mês, 46 por cento do total da Amazónia não foi observada também devido às nuvens.
Mato Grosso continua a ser o Estado brasileiro com maior área de desflorestação, embora se tenha registado uma diminuição. Já o Estado do Pará registou um aumento de 91 por cento da área destruída. De acordo com dados oficiais, 17 por cento do território da Amazónia foi desflorestado.
No Brasil, a floresta amazónica ocupa uma área de 4,1 milhões de quilómetros quadrados e inclui os estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e partes do Mato Grosso, Tocantins e do Maranhão.
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