Centenas de corvos-marinhos, oriundos do Norte da Europa, invadiram nos últimos dias as zonas húmidas do distrito de Coimbra, surgindo em bandos pela manhã junto aos rios Mondego e Ceira. Um investigador da Universidade de Coimbra (UC), Jaime Albino Ramos, disse hoje à agência Lusa que a "invasão" daquelas aves pode dever-se ao maior rigor do Inverno que se verifica nos países de origem.
"O aumento do frio pode ter contribuído para uma maior presença dessas aves em Portugal", admitiu, indicando que o congelamento das grandes superfícies de água doce do Norte obriga-as a procurar alimento nas regiões mais temperadas do continente europeu, ou mesmo no Norte de África. Ao longo da estrada da Beira (EN-17) e do rio Ceira, afluente do Mondego, nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo, Lousã e Góis, podem agora ser vistos estes pássaros pretos com aparência primitiva, sobrevoando as encostas de xisto, entre eucaliptos, pinheiros e mimosas.
Jaime Albino Ramos salientou que o corvo-marinho ("Phalacrocorax carbo") integra a ordem dos Pelecaniformes e possui membranas interdigitais que lhe permitem mergulhar em busca de peixes, a base da sua alimentação. Segundo o investigador, trata-se "um bicho um pouco generalista", que nidifica no Norte da Europa e migra para o Sul quando chega o tempo frio.
Uma funcionária de um restaurante da estrada da Beira confirmou o que a agência Lusa verificou na zona: o número de corvos marinhos é "muito superior" ao de anos anteriores, quando se encontravam algumas destas aves aquáticas próximo do rio Ceira.
"O aumento do frio pode ter contribuído para uma maior presença dessas aves em Portugal", admitiu, indicando que o congelamento das grandes superfícies de água doce do Norte obriga-as a procurar alimento nas regiões mais temperadas do continente europeu, ou mesmo no Norte de África. Ao longo da estrada da Beira (EN-17) e do rio Ceira, afluente do Mondego, nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo, Lousã e Góis, podem agora ser vistos estes pássaros pretos com aparência primitiva, sobrevoando as encostas de xisto, entre eucaliptos, pinheiros e mimosas.
Jaime Albino Ramos salientou que o corvo-marinho ("Phalacrocorax carbo") integra a ordem dos Pelecaniformes e possui membranas interdigitais que lhe permitem mergulhar em busca de peixes, a base da sua alimentação. Segundo o investigador, trata-se "um bicho um pouco generalista", que nidifica no Norte da Europa e migra para o Sul quando chega o tempo frio.
Uma funcionária de um restaurante da estrada da Beira confirmou o que a agência Lusa verificou na zona: o número de corvos marinhos é "muito superior" ao de anos anteriores, quando se encontravam algumas destas aves aquáticas próximo do rio Ceira.
No Inverno, segundo o investigador de Ecologia do Departamento de Zoologia da UC, "é normal encontrar corvos-marinhos" em Portugal "onde há peixe em abundância", designadamente nas grandes barragens do interior e nos estuários dos rios. "Os não reprodutores – até aos quatro ou cinco anos de idade – ficam geralmente nas zonas temperadas onde passam o Inverno", acrescentou.
Nos últimos anos, têm sido encontrados alguns corvos-marinhos no Parque Verde do Mondego, em Coimbra. "É uma espécie cuja população tem aumentado na Europa, onde é uma espécie protegida", referiu.
O especialista em aves marinhas lembrou que a multiplicação da espécie tem-se traduzido numa redução das reservas piscícolas, incluindo ataques às explorações de aquacultura dos mares do Norte.
Nos últimos anos, têm sido encontrados alguns corvos-marinhos no Parque Verde do Mondego, em Coimbra. "É uma espécie cuja população tem aumentado na Europa, onde é uma espécie protegida", referiu.
O especialista em aves marinhas lembrou que a multiplicação da espécie tem-se traduzido numa redução das reservas piscícolas, incluindo ataques às explorações de aquacultura dos mares do Norte.
Jaime Albino Ramos aludiu a conflitos com comunidades piscatórias da Holanda e outros países da União Europeia (UE). "Os corvos-marinhos mergulham e perseguem os peixes debaixo de água", sublinhou. Com uma aparência primitiva de réptil, devido ao longo pescoço, são vistos por alguns povos como aves sinistras e podem ingerir uma quantidade de peixe superior ao peso do seu corpo, mas, diariamente, ingerem pelo menos 400 a 600 gramas de comida.
Em 2008, o Parlamento Europeu defendeu a promoção de um plano de gestão sustentável das populações de corvos-marinhos à escala europeia. Estima-se que, anualmente, os corvos-marinhos consumam pelo menos 300 mil toneladas de peixe nas águas da UE.
* * * * * * * * * * * * * * *
Em 2008, o Parlamento Europeu defendeu a promoção de um plano de gestão sustentável das populações de corvos-marinhos à escala europeia. Estima-se que, anualmente, os corvos-marinhos consumam pelo menos 300 mil toneladas de peixe nas águas da UE.
* * * * * * * * * * * * * * *
Fonte: Agência LUSA
Sem comentários:
Enviar um comentário