O antigo vice-presidente norte-americano Al Gore afirmou no Congresso que os Estados Unidos não podem contentar-se com a actual situação ambiental e energética e que a aprovação de um projecto-lei sobre energia é "um imperativo moral". "O país não pode aceitar a manutenção do 'status quo', da instabilidade dos preços dos combustíveis, da deslocalização de indústrias e do envio para o estrangeiro de dois mil milhões de dólares a cada 24 horas pelo petróleo", disse Gore, que nos últimos anos se destacou na luta contra o aquecimento global, perante a subcomissão de Energia e Ambiente da Câmara dos Representantes.
"Estou aqui hoje para dar o meu apoio ao que penso ser uma das mais importantes legislações alguma vez apresentadas ao Congresso. Esta lei tem um significado moral equivalente à dos direitos civis nos anos 1960 e ao Plano Marshall no final dos anos 1940", disse. Al Gore, distinguido com o Nobel da Paz em 2007, classificou a adopção da lei sobre energia pelo Congresso como "um imperativo moral".
Actualmente em processo de redacção na Câmara dos Representantes, o projecto-lei sobre clima e energia prevê uma redução de 20 por cento nas emissões de gases com efeito de estufa até 2020, em relação aos valores de 2005, e a criação de milhares de "empregos verdes" (empregos em sectores ambientalmente sustentáveis como as energias renováveis). Embora se preveja que o texto seja aprovado pela Câmara dos Representantes graças à maioria democrata, a posterior votação no Senado é mais difícil de prever.
O objectivo da Casa Branca e da maioria democrata é conseguir a adopção de uma lei sobre energia, pelo menos na Câmara dos Representantes, antes da Conferência da ONU sobre aquecimento global, marcada para Dezembro em Copenhaga.
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