segunda-feira, 4 de maio de 2009

2410. Estudo atribui aumento do gelo na Antárctida a buraco na camada de ozono

Cientistas do British Antartic Survey e da NASA (agência espacial dos EUA) atribuem a mudanças meteorológicas causados pelo buraco da camada de ozono o aumento do volume do gelo marinho observado ultimamente na Antárctida.
Em artigo na publicação especializada "Geophysical Research Letters", os cientistas explicam que, enquanto o Árctico teve uma dramática diminuição do gelo polar, na Antárctida ele aumentou. Isto, segundo eles, deve-se ao buraco na camada de ozono ter atrasado o impacto do efeito estufa no clima desse continente.
O gelo dos oceanos desempenha um papel-chave no meio ambiente global ao reflectir o calor do sol e fornecer um habitat para a vida marinha. Em ambos os pólos, a camada de gelo está no seu nível mínimo durante o verão, mas, durante o inverno, a da Antárctida expande-se até cobrir uma área quase do tamanho da Europa. Isto acontece porque essa camada de gelo, cuja grossura oscila entre menos de 1 metro e vários metros, isola as águas temperadas do mar na Antárctida.
As imagens, captadas com ajuda de satélites, indicam que, desde os anos 70, o gelo marinho da Antárctida aumentou a um ritmo de 100 mil metros quadrados a cada dez anos. Segundo o professor John Turner, do British Antarctic Survey, "os resultados obtidos mostram a complexidade da mudança climática em toda a Terra". "Enquanto há provas crescentes de que a diminuição do gelo marinho no Árctico se deve à actividade humana, na Antárctida a influência do homem por meio da camada de ozono teve o efeito inverso e resultou num aumento do gelo", explica.
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