domingo, 2 de agosto de 2009

2518. Cidades são a chave para poupar energia

Imagine uma cidade em que 58% de toda a energia consumida é renovável, os transportes públicos são movidos a biomassa e as novas casas aquecidas por um sistema de água a ferver a partir de biomassa. Växjö existe, fica na Suécia e é considerada a cidade "mais verde" da Europa. Em declarações ao DN, o presidente daquele município, Bo Frank, diz que, "graças a uma estratégia ambiental firme, reduzimos desde 1995 as emissões de dióxido de carbono em 33%".
O exemplo de Växjö serviu de pano de fundo à conferência internacional "Roteiro Local para as alterações climáticas", uma iniciativa mundial que ontem teve lugar em Almada e que visa colocar as cidades no centro da estratégia para mitigar os efeitos das alterações climáticas.
O enfoque nas cidades é explicado ao DN por uma responsável do Banco Mundial para esta área: " É ao nível das cidades que temos de agir, pois as previsões apontam para que 70% da população mundial esteja a viver em cidades por volta do ano 2050", disse Frederica Ranghieri. "Isto significa que haverá migrações massivas, de forma descontrolada com impactos muito negativos no ambiente". Como se pode ver pelo exemplo da pequena cidade sueca, está nas mãos das autarquias agir para a mudança. A simples decisão de substituir a iluminação pública por lâmpadas mais eficientes pode reduzir os consumos de electricidade em 20%. O mesmo acontece com os carros ecológicos.
Quando se prepara o pós Quioto - com a esperança num acordo global em Dezembro para que se reduza em 50% as emissões - Portugal é o quinto país comunitário onde mais cresceram as emissões ligadas aos transportes entre 1990 e 2005. "Os governos continuam sem perceber o enorme potencial económico da redução do consumo energético nas cidades", concluiu Jeb Brugmann, um dos redactores da Agenda XXI
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Carla Aguiar
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