sábado, 23 de janeiro de 2010

2824. ALGARVE: Plano sísmico concluído até meio do ano

Um sismo com a magnitude do registado no Haiti na semana passada causaria uma inoperacionalidade de cerca de 50 % nas infra-estruturas básicas algarvias, segundo o simulador utilizado na elaboração do Estudo de Risco Sísmico e Tsunamis do Algarve. "Neste cenário ficariam afectadas em cerca de 50 % unidades hospitalares, escolas, redes eléctricas ou de abastecimento de água, entre outras", precisou Sousa Oliveira, professor do Instituto Superior Técnico e um dos peritos que participou na elaboração do estudo, ontem apresentado na Universidade do Algarve (UAlg) na presença do Ministro da Administração Interna, Rui Pereira.
O ministro considerou que o Estudo de Risco Sísmico e Tsunamis do Algarve (ERSTA) "não é puramente teórico ou académico", alegando que permite prever quais serão as consequências de um tremor de terra ou tsunami na região". "Com base neste estudo vai agora proceder-se a um plano de acção, de emergência. Vai ser feito pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, com a colaboração de inúmeras entidades, e vai fazer um inventário dos meios necessários e das medidas a tomar em caso de catástrofe", explicou.
Rui Pereira precisou que "o plano vai estar pronto durante o primeiro semestre deste ano e depois sujeito a consulta pública". O presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), general Arnaldo Cruz, explicou que a análise elaborada pelas diversas entidades que participaram no estudo vai ajudar agora na "árdua tarefa de planificar a emergência e o socorro" em caso de sismo ou tsunami, uma vez que o simulador dará dados sobre o nível de destruição dos edifícios, das infra-estruturas básicas, de mortos, de feridos ou das inundações de áreas afectadas por ondas gigantes.
"Quando colocámos os dados no simulador, vimos que apontava para a inexistência de danos em edifícios ou de vítimas e isso verificou-se, o que nos deu alguma confiança", afirmou.
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