Desde os anos 90 que não chovia tanto em Portugal continental. Em muitas das estações do país registou-se o dobro do valor médio de precipitação mensal.
O frio também voltou: é o sétimo Dezembro consecutivo com temperaturas inferiores à média de referência, calculada para o período 1971-2000. Em cidades como Sagres, no Algarve, houve mesmo recordes: no dia 15 a temperatura atingiu o valor mais baixo desde que há registo: 0,1 ºC.
Os dados são do Instituto de Meteorologia, que publicou esta semana o boletim climatológico para o último mês de 2009. Um Dezembro "chuvoso a extremamente chuvoso" justifica as inundações e prejuízos no terreno. No relatório destaca-se que, no dia 23 de Dezembro, a Região Oeste foi influenciada por uma "depressão muito cavada", tendo registado um valor mínimo de pressão ao nível médio da água do mar e ventos muito fortes.
A anomalia reflecte-se no balanço dos prejuízos: segundo a Lusa, os municípios locais estimam perdas de 63 milhões de euros, a maior factura do mau tempo no país. A estimativa total – incluindo prejuízos de 10 milhões nos Açores, 3,7 milhões no Grande Porto e 2,4 milhões em Leiria – aponta para custos superiores a 80 milhões de euros.
A estação da Horta registou o segundo valor de precipitação desde 1931. No Funchal, o valor mensal registado foi o mais elevado desde a mesma data. No balanço da Autoridade Nacional de Protecção Civil, as mesmas contas: só na última semana de Dezembro foram registadas 2615 ocorrências, a maioria em Lisboa.
Marta F. Reis* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Fonte (Texto e imagem): ionline
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