Devem estar recordados, Lisboa abanou no dia 17 de Dezembro de 2009, o sismo foi sentido em toda a Península Ibérica registou 6,0 graus na escala de Richter (num total de 10), uma intensidade considerada média, foi o maior desde 1969. O epicentro deu-se no mar, a 30km de profundidade e a Oeste de Gibraltar, cerca de 185km a Oeste de Faro e 264km a Sudoeste de Lisboa.
O primeiro abalo foi seguido de dezasseis réplicas. Às 11:00 (em Portugal Continental) a actividade sísmica ainda ocorria. Em Abril de 2009, Itália acordou com um sismo de magnitude 6,3 na escala de Richter, terá feito também cerca de 50 mil desalojados na cidade de L’Aquila, a mais atingida, cerca de 95 km a leste de Roma, na região montanhosa de Abruzzo., provocando 90 mortos.
Vamos imaginar cenários, se este sismo de Itália tivesse o seu epicentro próximo de Lisboa, o resultado seria bem mais negro: 3.598 edifícios destruídos, 1.160 mortos e 168.467 desalojados.
O LNEC imaginou um cenário em que o sismo ocorrido em Itália, tinha origem e intensidade semelhante, ocorria em Lisboa. O epicentro arbitrado foi Sacavém e o sistema adaptou a ocorrência à realidade portuguesa, desde os solos ao tipo de povoamento, características das construções, etc.
O resultado seria 3.598 edifícios destruídos, mais 11.680 gravemente danificados, correspondendo a 1.160 mortos e 168.467 desalojados. Ou seja, um balanço muito mais negro que o do sismo de L’Aquila, basicamente por ocorrer numa região muito mais densamente povoada. Ainda assim, o número de mortos representaria 0,038% dos habitantes da Grande Lisboa e o número de casas destruídas ou muito danificadas 3,2% do parque edificado.
Alfredo Campos Costa, investigador do LNEC sublinha tratar-se de “um mero cenário para estudo” e não de algo “que seja provável acontecer”. Sublinha, ainda, que há diversas metodologias para estimar o número de mortos e que estas basicamente tomam em conta a quantidade de edifícios destruídos. “Consoante se analisem sismos ocorridos nos Estados Unidos ou no Terceiro Mundo, a observação mostra que o número de óbitos por edifício é muito diferente”.
Outra das simulações já feitas diz respeito à ocorrência de um terramoto com a magnitude e o epicentro do de 1755. Se este cenário se repetisse, hoje haveria 27.779 mortos e 26.253 edifícios totalmente destruídos. Ainda que em números absolutos a maior parte dos óbitos ocorresse na Grande Lisboa, incluindo Sintra, Cascais e Oeiras, bem como Setúbal, em percentagem da população atingida os piores valores ocorreriam no Algarve.
Vamos imaginar cenários, se este sismo de Itália tivesse o seu epicentro próximo de Lisboa, o resultado seria bem mais negro: 3.598 edifícios destruídos, 1.160 mortos e 168.467 desalojados.
O LNEC imaginou um cenário em que o sismo ocorrido em Itália, tinha origem e intensidade semelhante, ocorria em Lisboa. O epicentro arbitrado foi Sacavém e o sistema adaptou a ocorrência à realidade portuguesa, desde os solos ao tipo de povoamento, características das construções, etc.
O resultado seria 3.598 edifícios destruídos, mais 11.680 gravemente danificados, correspondendo a 1.160 mortos e 168.467 desalojados. Ou seja, um balanço muito mais negro que o do sismo de L’Aquila, basicamente por ocorrer numa região muito mais densamente povoada. Ainda assim, o número de mortos representaria 0,038% dos habitantes da Grande Lisboa e o número de casas destruídas ou muito danificadas 3,2% do parque edificado.
Alfredo Campos Costa, investigador do LNEC sublinha tratar-se de “um mero cenário para estudo” e não de algo “que seja provável acontecer”. Sublinha, ainda, que há diversas metodologias para estimar o número de mortos e que estas basicamente tomam em conta a quantidade de edifícios destruídos. “Consoante se analisem sismos ocorridos nos Estados Unidos ou no Terceiro Mundo, a observação mostra que o número de óbitos por edifício é muito diferente”.
Outra das simulações já feitas diz respeito à ocorrência de um terramoto com a magnitude e o epicentro do de 1755. Se este cenário se repetisse, hoje haveria 27.779 mortos e 26.253 edifícios totalmente destruídos. Ainda que em números absolutos a maior parte dos óbitos ocorresse na Grande Lisboa, incluindo Sintra, Cascais e Oeiras, bem como Setúbal, em percentagem da população atingida os piores valores ocorreriam no Algarve.
No que respeita a casas derrubadas, o efeito nesta última região seria ainda maior, à escala, que em Lisboa, afectando 14 a 30% do parque habitacional respectivo. Globalmente, as perdas de vidas representariam 0,28% da população continental, enquanto os edifícios colapsados equivaleriam a 0,88% do parque habitacional. Esta simulação não toma em conta os efeitos de um eventual tsunami na costa portuguesa, situação ocorrida em 1755.
O LNECloss integra dados sobre a sismicidade passada, as características dos solos, o tipo de construções e a distribuição da população. Um sistema de informação geográfica permite implantar com rigor os diversos dados no mapa. Introduzindo os dados de um sismo podem simular-se os efeitos até à escala de freguesia.
O LNECloss integra dados sobre a sismicidade passada, as características dos solos, o tipo de construções e a distribuição da população. Um sistema de informação geográfica permite implantar com rigor os diversos dados no mapa. Introduzindo os dados de um sismo podem simular-se os efeitos até à escala de freguesia.
Como explica Ema Coelho, chefe do departamento de engenharia sísmica do LNEC, este simulador permite duas coisas: traçar planos para minimizar os efeitos de um futuro tremor de terra (licenciamento, construção, recuperação, protecção civil, etc.) e, a ocorrer uma catástrofe, acompanhá-la em tempo real, ajudando a organizar a resposta e gerir mais eficazmente os meios de socorro. O simulador, já plenamente operacional, nasceu de um projecto financiado pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil em 2002 para a Grande Lisboa mas continuou a ser desenvolvido desde então. Futuramente já integrará o factor tsunami (pelo menos para o Algarve) e poderá ser consultado “on-line” por utilizadores profissionais (Câmaras, Protecção Civil, projectistas, etc.).
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Fonte (Texto e imagens): Ambcvlumiar
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