É como se a Amazónia tivesse "aprendido" a fabricar a própria chuva. Migalhas microscópicas de matéria orgânica, que sobem da floresta para a atmosfera, agem como "sementes" de nuvens na região, revela um novo estudo. Uma equipa internacional de cientistas detalha o fenómeno, já conhecido, mas ainda pouco compreendido, na revista especializada "Science".
"Pela primeira vez foi medida em detalhes a composição e a distribuição de tamanho dessas partículas", explica o físico Paulo Artaxo, da USP, co-autor do trabalho. Os dados foram obtidos na Reserva Biológica do Cuieiras, mantida pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia), a pouco mais de 50 km a norte de Manaus. Os pesquisadores usaram uma série de técnicas sofisticadas para saber de que eram feitas as partículas em suspensão no ar (conhecidas como aerossóis), além de avaliar o potencial que tinham para gerar as nuvens carregadas de chuva.
Os aerossóis são "sementes" de nuvens basicamente porque servem de plataformas em torno das quais o vapor de água da atmosfera consegue condensar-se, mais ou menos como as gotículas que aparecem na superfície de um espelho frio ao lado de um chuveiro quente. No caso dos aerossóis, tanto gotas quanto cristais de gelo podem-se acumular. Dependendo do tipo e da quantidade das partículas, as nuvens atingem um tamanho crítico, e a chuva então começa a ocorrer. A equipa concluiu que, na estação chuvosa da Amazónia, predominam os aerossóis produzidos pela própria floresta, numa faixa que vai de 90% a 80% do total das partículas. As maiores são pedaços de folhas ou esporos de fungos; as menores, e aparentemente entre as mais importantes, são moléculas emitidas pelas árvores que se transformam quimicamente em contacto com o ar. "Essas últimas são chaves na formação de nuvens rasas", diz Artaxo.
Os cientistas comparam a floresta a um imenso reactor: ela "usaria" plantas para produzir aerossóis os quais, por sua vez, trazem a chuva que sustenta a vegetação.
"Pela primeira vez foi medida em detalhes a composição e a distribuição de tamanho dessas partículas", explica o físico Paulo Artaxo, da USP, co-autor do trabalho. Os dados foram obtidos na Reserva Biológica do Cuieiras, mantida pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia), a pouco mais de 50 km a norte de Manaus. Os pesquisadores usaram uma série de técnicas sofisticadas para saber de que eram feitas as partículas em suspensão no ar (conhecidas como aerossóis), além de avaliar o potencial que tinham para gerar as nuvens carregadas de chuva.
Os aerossóis são "sementes" de nuvens basicamente porque servem de plataformas em torno das quais o vapor de água da atmosfera consegue condensar-se, mais ou menos como as gotículas que aparecem na superfície de um espelho frio ao lado de um chuveiro quente. No caso dos aerossóis, tanto gotas quanto cristais de gelo podem-se acumular. Dependendo do tipo e da quantidade das partículas, as nuvens atingem um tamanho crítico, e a chuva então começa a ocorrer. A equipa concluiu que, na estação chuvosa da Amazónia, predominam os aerossóis produzidos pela própria floresta, numa faixa que vai de 90% a 80% do total das partículas. As maiores são pedaços de folhas ou esporos de fungos; as menores, e aparentemente entre as mais importantes, são moléculas emitidas pelas árvores que se transformam quimicamente em contacto com o ar. "Essas últimas são chaves na formação de nuvens rasas", diz Artaxo.
Os cientistas comparam a floresta a um imenso reactor: ela "usaria" plantas para produzir aerossóis os quais, por sua vez, trazem a chuva que sustenta a vegetação.
* * * * * * * * * * *
Fonte: ClickPB
Sem comentários:
Enviar um comentário