sexta-feira, 22 de abril de 2011

3481. Mortes no temporal da Madeira sem responsáveis


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O Ministério Público ordenou o arquivamento da investigação ao temporal que atingiu a Madeira em Fevereiro do ano passado. O procurador entendeu que não há responsáveis pela morte das 48 vítimas da tragédia. Os familiares já estão a ser informados.
A 20 de Fevereiro do ano passado, a água invadiu Santo António, junto ao Funchal. A enxurrada arrastou toneladas de lama e uma grua que estava a ser usada na construção de um viaduto. Várias pessoas morreram.
No mesmo dia trágico, o temporal deitou abaixo a Capela das Babosas, junto a um aterro ilegal. A população chorou a morte de nove moradores. O Ministério Público quis saber se nestas, como em outras situações, houve responsabilidades de âmbito criminal já que, na altura da tragédia, vários ambientalistas e políticos tinham apontado o dedo à infracção de uma série de regras urbanas. Mais de um ano depois da tragédia, o Ministério Público entende que não há responsáveis pela morte das 48 vítimas do temporal.
De acordo com o jornal Público, a investigação concluiu que todas as mortes foram acidentais e resultaram de causas naturais. Não houve, segundo os investigadores, indícios de actos humanos, voluntários ou negligentes, que tenham provocado ou feito aumentar o número de vítimas. O processo termina, assim, sem qualquer acusação. Os familiares das 48 vítimas estão já a ser informados.
Para o secretário regional dos Assuntos Sociais da Madeira, o arquivamento do inquérito "é o culminar de um processo doloroso para as famílias". "É o culminar de um processo de um período de muito sofrimento e o Ministério Público trabalhou célere para bem das famílias que perderam os seus familiares", disse à agência Lusa Francisco Ramos. O secretário regional adiantou que com o encerramento do inquérito, as famílias vão poder resolver "partilhas, receber os dividendos e as pensões" a que têm direito.

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Fonte: Sic on line
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