sexta-feira, 24 de junho de 2011

3541. PORTUGAL CONTINENTAL: Alerta especial por calor

De acordo com a informação actualizada pelo Instituto de Meteorologia (IM) para os próximos dias, salienta-se:
A partir de Sexta-feira, dia 24 de Junho, e pelo menos até Segunda-feira, dia 27 de Junho, o IM prevê, para todo o território continental, uma subida acentuada da temperatura (máxima próxima de 40 ºC e mínima superior a 20 ºC), uma descida da humidade relativa do ar (em geral inferior a 30% e, no interior, inferior a 20%), e vento em geral fraco do quadrante Leste (de intensidade moderada, até 30 km/h, no Algarve no Sábado).
Face ao acima exposto, é expectável que nos próximos dias o perigo de incêndio florestal, e o n.º de ocorrências relacionadas, tenha tendência para aumentar. Face a estes previsões a ANPC determinou a passagem ao Estado de Alerta Especial, NÍVEL AMARELO, do SIOPS para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), entre as 12.00 horas, do dia 23 de Junho, e as 20.00 horas do dia 27 Junho, para todos os distritos de Portugal Continental.
Em função da previsão da evolução das condições meteorológicas é expectável:
§ Tempo quente e seco com o consequente aumento das condições favoráveis à progressão de eventuais incêndios florestais;
§ Calor intenso com o consequente aumento dos efeitos adversos daí decorrentes na saúde pública considerando que se trata de um primeiro acréscimo significativo de temperatura.
A ANPC recorda que, de acordo com as disposições legais em vigor, para os locais onde o índice de risco temporal de incêndio seja superior ao nível ELEVADO, não é permitido (a) :
§ Realização de queimadas, nem de fogueiras para recreio ou lazer, ou para confecção de alimentos;
§ Utilização de equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confecção de alimentos;
§ Queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração;
§ O lançamento de balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes;
§ Fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias que os circundem;
§ A fumigação ou desinfestação em apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.
A ANPC recomenda a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio florestal, nomeadamente com a adopção das necessárias medidas de prevenção e precaução, observando as proibições acima expressas e tomando especial atenção à evolução do perigo de incêndio para os próximos dias, disponível junto dos sítios da internet da ANPC e do Instituto de Meteorologia, junto dos Gabinetes Técnicos Florestais das Câmaras Municipais e dos Corpos de Bombeiros.
Tendo em conta a situação meteorológica, é também possível a afectação de grupos populacionais mais vulneráveis (idosos e crianças, sem-abrigo e doentes do foro cardio-respiratório) devido ao calor, pelo que se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de auto protecção para estas situações:
§ Beba água com regularidade ou sumos de fruta natural sem adição de açúcar;
§ Evite bebidas alcoólicas e com elevados teores de açúcar;
§ As pessoas que sofram de doença crónica, ou que estejam a fazer uma dieta com pouco sal, ou com restrições de líquidos, devem aconselhar-se junto do seu médico;
§ Os recém-nascidos, as crianças, as pessoas idosas e as pessoas doentes, podem não sentir, ou não manifestar sede, pelo que estão particularmente vulneráveis – ofereça-lhes água e esteja atento;
§ Evite fazer actividades que exijam muito esforço físico, particularmente nos períodos de maior calor;
§ Se viajar de carro, escolha horas de menor calor. Não permita que pessoas (especialmente crianças e idosos) e/ou animais fiquem dentro da viatura ao sol;
§ Nas praias, evite a exposição ao sol no período entre as 11h00 e as 17h00;
§ Quando estiver no exterior, aplique protector solar várias vezes ao dia, com factor de protecção igual ou superior a 30;
§ Esteja atento a pessoas mais vulneráveis, especialmente crianças e idosos;
§ Todos estes cenários podem ser prevenidos se, atempadamente, forem tomadas medidas que anulem ou minimizem os seus efeitos.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil, através do Comando Nacional de Operações de Socorro, continuará a acompanhar permanentemente a situação em estreita articulação com o Instituto de Meteorologia, os Agentes de Protecção Civil e demais entidades relevantes para a situação em apreço, emitindo os Comunicados Técnicos Operacionais que se julguem necessários.
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Fonte: ANPC

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