Uma manifestação em defesa da Lagoa das Furnas, um dos “ex-libris” de S.Miguel, nos Açores, juntou dezenas de pessoas no local, embora na rede social Facebook, onde foi lançada a iniciativa, estivessem confirmadas mais de 7.500 presenças. Sob o lema “A Lagoa das Furnas está a morrer e ninguém faz nada”, a manifestação foi convocada na sequência do agravamento do estado das águas daquela lagoa (uma coloração amarelada e mau cheiro) em cujas margens se cozinha o famoso ‘Cozido das Furnas’.
“Às vezes está mais amarela, outras menos”, constatou aos jornalistas uma residente nas Furnas, alertando para a eventualidade de a lagoa "se transformar num pântano e nunca mais ser um cartaz turístico". Daniel, que usava uma camisola verde correspondendo ao apelo da organização do evento, admitiu estar à espera de “muitas mais pessoas” na iniciativa, mas sublinhou que “são muitos aqueles que estão solidários e aderiram ao evento na rede social”. “Estou a estudar fora, mas sempre que venho cá de férias a lagoa está pior todas as vezes, mas actualmente muito mais”, lamentou.
Mais ao lado, um membro do movimento SOS Lagoas, criado em Dezembro de 1992, afirmou: “As pessoas estão habituadas à água transparente, mas quando chegam às Furnas vêem as águas amareladas ou esverdeadas e o mesmo se passa na outra lagoa, a das Sete Cidades”, também em S.Miguel. “Desde 1983, data em que saíram os primeiros estudos sobre a eutrofização das lagoas e até hoje poderia ter sido feito muito mais do que está implantado no terreno”, apontou aos jornalistas.
O promotor da iniciativa justificou "não estar à espera das 7.500 pessoas que confirmaram a presença no Facebook", porque "muitas não podiam estar presentes, mas estão preocupadas com a Lagoa das Furnas". "Viu-se o impacto que o movimento teve para salvar a nossa Lagoa das Furnas, independentemente de cores partidárias, de individualidades, da empresa A, B ou C", disse aos jornalistas, reiterando que o objectivo do movimento é "alertar ainda mais a sociedade" para uma atenção redobrada à Lagoa "exigindo ainda mais e melhor".
O Governo dos Açores já assegurou que a Lagoa “não é um caso perdido” e que a situação “não é irreversível”, tendo o secretário regional do Ambiente explicado que a coloração amarela da água da lagoa foi originada por uma “grande densidade de cinobactérias”, na sequência de muitos dias seguidos de elevadas temperaturas, pouco vento e nenhuma chuva. Hoje, o executivo regional “lançou uma campanha de voluntariado para florestação das terras altas” mas segundo a presidente do conselho de administração da SPRAçores (Sociedade de Promoção da Gestão Ambiental), Hélia Palha, "foi pouca a adesão à iniciativa".
Hélia Palha disse que a iniciativa, que incluiu ainda uma tenda com informação sobre a intervenção no ecossistema em causa, "não se tratou de uma contra manifestação", frisando que "é salutar que a população se preocupe com a lagoa".
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Fonte: Destak
“Às vezes está mais amarela, outras menos”, constatou aos jornalistas uma residente nas Furnas, alertando para a eventualidade de a lagoa "se transformar num pântano e nunca mais ser um cartaz turístico". Daniel, que usava uma camisola verde correspondendo ao apelo da organização do evento, admitiu estar à espera de “muitas mais pessoas” na iniciativa, mas sublinhou que “são muitos aqueles que estão solidários e aderiram ao evento na rede social”. “Estou a estudar fora, mas sempre que venho cá de férias a lagoa está pior todas as vezes, mas actualmente muito mais”, lamentou.
Mais ao lado, um membro do movimento SOS Lagoas, criado em Dezembro de 1992, afirmou: “As pessoas estão habituadas à água transparente, mas quando chegam às Furnas vêem as águas amareladas ou esverdeadas e o mesmo se passa na outra lagoa, a das Sete Cidades”, também em S.Miguel. “Desde 1983, data em que saíram os primeiros estudos sobre a eutrofização das lagoas e até hoje poderia ter sido feito muito mais do que está implantado no terreno”, apontou aos jornalistas.
O promotor da iniciativa justificou "não estar à espera das 7.500 pessoas que confirmaram a presença no Facebook", porque "muitas não podiam estar presentes, mas estão preocupadas com a Lagoa das Furnas". "Viu-se o impacto que o movimento teve para salvar a nossa Lagoa das Furnas, independentemente de cores partidárias, de individualidades, da empresa A, B ou C", disse aos jornalistas, reiterando que o objectivo do movimento é "alertar ainda mais a sociedade" para uma atenção redobrada à Lagoa "exigindo ainda mais e melhor".
O Governo dos Açores já assegurou que a Lagoa “não é um caso perdido” e que a situação “não é irreversível”, tendo o secretário regional do Ambiente explicado que a coloração amarela da água da lagoa foi originada por uma “grande densidade de cinobactérias”, na sequência de muitos dias seguidos de elevadas temperaturas, pouco vento e nenhuma chuva. Hoje, o executivo regional “lançou uma campanha de voluntariado para florestação das terras altas” mas segundo a presidente do conselho de administração da SPRAçores (Sociedade de Promoção da Gestão Ambiental), Hélia Palha, "foi pouca a adesão à iniciativa".
Hélia Palha disse que a iniciativa, que incluiu ainda uma tenda com informação sobre a intervenção no ecossistema em causa, "não se tratou de uma contra manifestação", frisando que "é salutar que a população se preocupe com a lagoa".
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