Os investigadores, liderados por Guy Ropars, do Laboratório de Física de Lasers da Universidade de Rennes, defendem que os vikings utilizavam uma variedade de calcita para calcular onde se encontrava o sol, aproveitando a polarização da luz dispersada pelas nuvens. A pedra é conhecida como espato-de-islândia e encontra-se em abundância nos países do norte da Europa.
Nos séculos da chamada Era Viking, estes exploradores percorreram grandes distâncias. O seu território estendia-se da Escandinávia até à Gronelândia e à América do Norte.
As teorias sobre a utilização de pedras surgiram pela primeira vez nos anos 60 do século passado. Em 1967, o arqueólogo dinamarquês Thorkild Ramskou defendeu que os vikings podiam ter utilizado o cristal polarizador espato-de-islândia. A descoberta de um pedaço desta calcita a bordo do barco Elizabethan, que se afundou na ilha de Alderney em 1592, deu credibilidade à teoria de que é possível utiliza-lo para este fim.
A nova investigação demonstra que com este tipo de cristal é possível determinar a posição do sol com precisão e com uma margem de erro de um grau, até mesmo ao anoitecer, quando as condições meteorológicas são adversas.
Ainda no princípio deste ano, outra investigação de cientistas búlgaros sobre a polarização da luz assegurava que era possível que estes cristais tivessem ajudado os vikings a orientar-se. Quando navegavam sob céus nublados giravam a pedra até localizarem o ponto em que o brilha aumentava. Determinavam uma linha que indicava onde estava o sol. Para não perderem a referência, colocavam uma tocha nessa posição para se poderem guiar.
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Fonte (Texto e imagem): Ciência Hoje
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