domingo, 15 de abril de 2012

3855. MADEIRA: ambientalistas "verdadeiramente preocupados" com a seca na Região

Raimundo Quintal afirmou estar "verdadeiramente preocupado" com "a seca muito forte" que se verifica na Região, menos intensa nalgumas áreas da vertente Norte, apontando que a Madeira "não tem água a mais" e que tudo isto deriva das muito faladas alterações climáticas para esta zona onde a Madeira se insere. A Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal realizou uma jornada em prol da reflorestação, no Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha, para assinalar o Dia Mundial da Árvore.
O ambientalista referiu que, só com muito esforço, conseguiram manter as plantas vivas. "Para isso, ainda hoje, estivemos a gastar toda a água dos nossos reservatórios, a irrigar as plantas", contou, defendendo que "os madeirenses não podem ficar mais nesta situação de apatia, sem consciência do que está a acontecer". Segundo Raimundo Quintal, esta seca insere-se nas alterações climáticas muito faladas há anos para esta zona onde a Madeira se insere.
"Há mesmo estudos que dizem que o facto desta área geográfica ter tendência para períodos prolongados de seca, de aquecimento, diminuição da precipitação e, além disso, episódios violentos de precipitação, levará a que aconteçam cada vez mais incêndios e nós estamos a ver isso, quer no continente, quer na Madeira, e também cheias catastróficas", apontou, vincando que isso significa que o esforço do Estado e da Região terá de ser para minimizar as calamidades. Raimundo Quintal afirmou ainda que a Madeira não tem água a mais. "Vamos ter de começar a perceber que a gestão da água terá de ser feita de forma muito criteriosa, vamos ter de poupar e não podemos ficar mais de braços estendidos, temos de, nos próximos anos, trabalhar e voltar a trabalhar todos na montanha para que se possa voltar, a pouco e pouco, a recuperar o coberto vegetal da alta montanha para que se possa travar a erosão, reduzir os episódios de precipitação violenta e cheias violentas, aumentar a infiltração da pouca água que cair para podermos deixar ilhas com qualidade de vida para os nossos filhos e os nossos netos", sublinhou.
Desde Outubro do ano passado até ao momento, já plantaram oito mil árvores e outras plantas, mas tinham previsto plantar, até ao fim de Março, 12 mil. O ambientalista explicou que não atingiram esse número porque reduziram o ritmo de plantação para poderem criar protecções à volta das plantas para que as mesmas possam aproveitar toda a água do nevoeiro. O próximo período de plantação arranca em Outubro próximo.
Zélia Castro
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Fonte:
DNoticias.pt

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