A frequência de desastres naturais anuais quadruplicou no
mundo entre a década de 1970 e 2010, indica uma nota do Instituto de
Meteorologia (IM). As menos de 100 ocorrências por ano dispararam para mais de
450 em quatro décadas, enquanto os prejuízos subiram de 7,6 mil milhões de
euros para mais de 60 mil milhões em cada ano, em todo o mundo, ainda de acordo
com os dados do IM.
Em 2005, quando o furacão "Katrina" atingiu a
costa Oriental dos Estados Unidos, os prejuízos ultrapassam os 160 mil milhões
de euros. Os especialistas admitem que o aumento possa ser "exacerbado
pelas alterações climáticas, hoje reconhecidas como inequívocas" pelo
Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas (IPCC na sigla em inglês).
A subida da temperatura média do ar e dos oceanos são
consequências dessa realidade, que implica a diminuição do gelo nos pólos e a
subida do nível médio da água do mar. "Portugal não escapa igualmente a
fenómenos meteorológicos e climáticos extremos", considera o IM, enunciando
depois as inundações, os fogos florestais, as secas e as ondas de calor como as
situações mais frequentes no país.
Em consequência, cita o ano de 2003, onde uma onda de calor
terá sido a responsável pela morte de mais de duas mil pessoas e os fogos florestais
nesse mesmo ano como os desastres que mais impacto tiveram. Já quanto a
prejuízos, as cheias na madeira em 2010 ocupam o topo da tabela, com custos de
mil milhões de euros.
As secas são também destacadas na última década,
designadamente a que ocorreu entre Novembro de 2004 e Fevereiro de 2006.
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Fonte: DN Portugal
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