Drama dos fogos volta ao
Algarve - Houve algum pânico", relata Maria Marreiros, funcionária do lar
de idosos de Bensafrim, no concelho de Lagos. Esta vila algarvia esteve ontem
ameaçada por um incêndio, que destruiu duas casas desabitadas e obrigou à
retiradas das crianças da creche, por precaução. Chegou a ser equacionada a
evacuação do lar de idosos, mas não foi necessário.
As chamas, que consumiram
um pinhal e mato, estiveram a poucos metros da vila. "Foi um susto",
confessa António Inácio, de 77 anos, que vive no bairro localizado mais próximo
da área ardida, enquanto, sentado num banco de madeira, assiste ao combate dos
bombeiros e meios aéreos. José Correia é mais novo e ainda tem forças para dar
luta ao fogo. À falta de outros meios, pega em canas verdes para abafar as
chamas. "As pessoas devem ajudar", refere. Antes, teve o cuidado de
retirar os seis cães de caça que tinha numa casa velha, que esteve ameaçada
pelo fogo.
A poucas dezenas de
metros, próximo do campo de futebol, há uma casa ardida. "Não vive lá
ninguém há muito tempo", garantem os populares. Ana Margarida não estava
em Bensafrim quando o incêndio começou, mas nem por isso deixou de reparar
nele. "Da praia da Luz via-se uma coluna de fumo", conta. José Jorge,
pelo contrário, detectou o fogo no início. "Estava em casa e faltou a luz;
pouco depois vi fumo", relata o morador, que tem a casa próximo do pinhal
ardido. "Ainda reguei à volta de casa por precaução", acrescenta.
Fio partido terá causado
o fogo – “Tudo indica que terá sido um fio da electricidade que se partiu e
provocou uma descarga eléctrica, mas as autoridades estão a investigar",
diz o presidente da junta local, João Gomes, como provável causa para o
incêndio. Moradores relatam, aliás, que houve uma quebra de energia eléctrica
antes do eclodir do fogo. "Foi um susto para a população ver o fogo perto
das casas", salienta o autarca.
Análise a incêndio de
Tavira – Vítor Vaz Pinto, Comandante Operacional Nacional da Protecção Civil, e
elementos dos comandos locais que estiveram envolvidos no combate ao incêndio
de Tavira há 15 dias, estiveram ontem reunidos. O encontro, que começou ao
início da noite e terminou já depois do fecho desta edição, serviu para
analisar o fogo que, ao longo de quatro dias (75 horas), lavrou nos concelhos
de Tavira e São Brás de Alportel.
A reunião surge no âmbito
do relatório que o Governo pediu à Autoridade Nacional de Protecção Civil, a
propósito do incêndio, depois de várias críticas tornadas públicas à forma como
funcionou o comando e as operações – lideradas pelo próprio Vaz Pinto. O
relatório tem de ser entregue até dia 10 de Agosto.
Ontem, a Polícia
Judiciária não quis avançar quaisquer detalhes sobre a investigação em curso às
causas do incêndio. A PJ não quer, para já, confirmar as indicações iniciais
que apontavam uma fagulha, nas obras do parque eólico de Cachopo, como causa
das chamas. (Fonte: Correio da Manhã)
Dominado incêndio em
Porto de Mós – O incêndio que deflagrou na terça-feira em Porto de Mós, e que
se reacendeu hoje pelas 14h20, foi dado como dominado às 17h03, informa a
página da internet da Autoridade Nacional da Proteção Civil. O fogo que lavrava
em zona de mato na serra de Aire e Candeeiros na localidade de Covão da
Carvalha, chegou a ter duas frentes e envolveu 48 bombeiros, sete elementos do
Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, 13 veículos operacionais e
um helicóptero bombardeiro pesado.
Na terça-feira, o
incêndio, que começou às 15h03, chegou também a ter duas frentes e envolveu
mais de uma centena de bombeiros, apoiados por 32 veículos, tendo obrigado à
intervenção de meios aéreos - dois helicópteros - por «progredir em local de
difícil acesso aos meios de combate terrestres». (Fonte: TSF)
Protecção Civil aciona
alerta amarelo devido ao risco de incêndio nos distritos de Beja e Faro até
domingo – A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) colocou os distritos
de Beja e Faro em alerta amarelo entre as 12:00 de hoje e as 20:00 de domingo
devido ao risco de incêndio muito elevado. Segundo a ANPC, o alerta amarelo,
segundo nível menos grave de uma escala de quatro, foi acionado, tendo em conta
as previsões meteorológicas de tempo quente e seco para os distritos de Beja e
Faro, sendo necessário tomar medidas preventivas para diminuir o risco de
incêndio.
O alerta amarelo pressupõe
o reforço da monitorização e a intensificação, por parte do dispositivo de
combate a incêndios florestais, de acções preparatórias com vista ao aumento do
grau de prontidão, segundo a Protecção Civil. Para os próximos dias, o Instituto
de Meteorologia prevê tempo quente e seco para as regiões do interior sul,
sendo que no Algarve o vento será moderado a forte de noroeste.
A ANPC adianta que os
índices de risco de incêndio vão ser muito elevados para estas regiões,
recordando que é proibido realizar queimadas ou fogueiras e lançar foguetes,
bem como fazer lume ou fumar em espaços florestais e vias que os circundem. A
Protecção Civil sublinha também que é necessário a adequação de comportamentos e
atitudes face à situação de perigo de incêndio, como a adoção das necessárias
medidas de prevenção e precaução.
Face às previsões
meteorológicas, a ANPC recomenda ainda à adoção de medidas de auto-protecção por
parte dos grupos populacionais mais vulneráveis, nomeadamente idosos, crianças,
sem-abrigo e doentes do foro cardio-respiratórias. (Fonte: RTP)
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