O Arquipélago dos Açores registou
"um fim de inverno e um início de primavera anormal", com a
frequência de situações de chuva, por vezes intensa, durante vários dias,
nomeadamente em S.Miguel.
“Tivemos um fim de inverno e
início de primavera anormal com a frequência de situações de chuva, às vezes
intensa, por vários dias” afirmou o delegado regional dos Açores do Instituto
Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Diamantino Henriques, acrescentando,
por exemplo, que num período de 40 dias, choveu durante 30 em São Miguel, o que
disse ter sido "um recorde dos últimos 42 anos". Diamantino Henriques
falava à Lusa à margem das "Jornadas atlânticas – catástrofes e assistência
a multivítimas", que decorrem até sábado em Ponta Delgada.
Em Março, por exemplo, e devido a
chuvas intensas, um deslizamento de terras no Faial da Terra, no concelho da
Povoação, em São Miguel, provocou a morte a três pessoas. De acordo com o
meteorologista, o arquipélago teve "um fim de inverno e início de
primavera anormal", indicando que "em março foram emitidos cerca de
39 avisos de mau tempo" quando "a média é de pouco mais de três a
quatro avisos naquele mês".
“É uma situação meteorológica
recorrente e não podemos determinar um período certo para este tipo de situações,
pois tem a ver com a própria dinâmica da atmosfera”, referiu, lembrando que os
Açores "estão numa região atlântica com uma situação geográfica favorável
para a ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos", nomeadamente
chuvas intensas e ventos também intensos e agitação marítima, o que quando
acontece de forma persistente "podem causar ou amplificar os efeitos"
destas catástrofes, nomeadamente derrocadas.
Além disso, "podem também
ocorrer situações pontuais que não são tão frequentes, mas que existem nos
Açores, por exemplo, tornados", referiu.
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Fonte: Diário Digital
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