Uma investigação orientada pelos departamentos de
Geociências, Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro conclui que a
erosão prevista para a costa entre Ovar e S. Jacinto deve obrigar à
monitorização da superfície submersa e da lixeira de Maceda. O estudo foi
desenvolvido por Paulo Correia Silva para conclusão do Mestrado em Ciências do
Mar e das Zonas Costeiras, e teve por base o arquivo de fotografias aéreas da
costa que o Instituto Nacional da Água compilou em 1958, 1970, 1998 e
2010.
A conclusão defende que o território analisado “mostra
uma taxa de erosão de cerca de quatro metros por ano em Maceda e taxas de
acreção que alcançam os 11 metros anuais em S. Jacinto”, sendo que “projecções
futuras demonstram que, em algumas zonas, a linha de costa poderá recuar 80
metros em 20 anos”, nomeadamente em Maceda, com a devastação de “hectares de
floresta”. Segundo o mesmo estudo, a evolução no desenho da linha de praia tem
sido influenciada pela existência de “estruturas humanas como os esporões
utilizados para proteger o porto de Aveiro e as áreas urbanas do Furadouro e da
Torreira”, que, acumulando areia nas zonas a norte, esvaziam dela as praias a
sul.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
*
Fonte (Texto e imagem): Diário
de Aveiro
Sem comentários:
Enviar um comentário