O Conselho Português de Protecção
Civil acusa a Câmara de Lisboa de não fazer o seu trabalho. "Parte dos
prejuízos materiais podem ficar a dever-se à inacção dos seus serviços
municipais, ao não efectuarem a desobstrução preventiva dos sistemas de
drenagem de águas na via pública", diz em comunicado.
O Conselho começa por sublinhar
que os serviços municipais estão em actividade reduzida ao fim de semana,
"mesmo quando se prevêem condições meteorológicas adversas", o que
resulta na "incapacidade de acompanhar atempadamente a informação do
Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)".
A Câmara Municipal de Lisboa não
deve ser um exemplo do tipo "faz o que eu digo e não faças o que eu
faço", argumenta o Conselho Português da Protecção Civil (CPPC). E acrescenta
que a situação poderia ser bem pior se não fosse a acção do Regimento de
Sapadores Bombeiros de Lisboa, "que uma vez mais deu provas de grande e
eficaz capacidade operacional, apesar do número de ocorrências ter excedido a
sua capacidade de resposta imediata".
O CPPC argumenta que
"bastaria consultar as imagens de satélite e relatos disponibilizados por
inúmeros meteorologistas amadores em Portugal e Espanha para se antever, com
cerca de três horas de antecedência, o desfecho que viria a confirmar-se em
Lisboa".
Finaliza lamentando a falta de
disponibilidade dos agentes municipais para celebrar protocolos de cooperação
com os meteorologistas amadores e organizações associativas de protecção civil.
Céu Neves
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Fonte: DN Portugal
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