sábado, 15 de agosto de 2015

5405. PORTUGAL CONTINENTAL: 73 arguidos pelo crime de incêndio florestal e 48 incendiários

Entre os 73 arguidos pelo crime de incêndio florestal e os 48 incendiários detidos pela GNR este ano, um filho de um bombeiro é o primeiro menor de 16 anos. Um menor de 13 anos foi responsável por um grande incêndio no concelho de Vouzela, no domingo passado, apenas porque queria ver o pai, que é bombeiro, a combater o fogo. Como é frequente nas crianças incendiárias, ateou o fogo no mato mas perto de casa, no lugar de Cercosa, em Campia (Vouzela).
Entre os 73 arguidos pelo crime de incêndio florestal e os 48 incendiários detidos pela GNR, o rapaz é o primeiro menor de 16 anos numa lista que, neste ano, reúne madeireiros e pedreiros, pastores e os inevitáveis pirómanos e alcoólicos. Como não tem idade para ser responsável criminalmente perante a lei (é menor de 16 anos), o rapaz enfrenta um processo tutelar educativo, que terá como possível consequência a obrigação de frequentar um curso de um ano, ministrado por técnicos da Direcção-geral de Reinserção Social, para perceber os danos sociais e pessoais que um incêndio pode causar. Segundo fontes policiais e judiciais, é esta a medida mais comum quando os menores vêm de famílias estruturadas e não têm antecedentes, como é o caso.
"Já tivemos casos destes no passado e normalmente são actos inconsequentes, por brincadeira. Quando são feitos por menores com antecedentes por vandalismo ou furto, o tribunal decreta o internamento em centros educativos. Não havendo esse quadro, o mais habitual é terem de frequentar um curso", explicou, em declarações ao DN, Rui Nunes, do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro da PJ – onde o rapaz foi ouvido, na presença dos pais. A família foi apanhada de surpresa mas garantiu que ele não repetiria a perigosa graça. Não houve necessidade de levar o menor no imediato ao Tribunal de Família e Menores, que será depois notificado.
Rute Coelho
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Fonte (texto e imagem): DNPortugal

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