Entre os 73 arguidos pelo crime
de incêndio florestal e os 48 incendiários detidos pela GNR este ano, um filho
de um bombeiro é o primeiro menor de 16 anos. Um menor de 13 anos foi
responsável por um grande incêndio no concelho de Vouzela, no domingo passado,
apenas porque queria ver o pai, que é bombeiro, a combater o fogo. Como é
frequente nas crianças incendiárias, ateou o fogo no mato mas perto de casa, no
lugar de Cercosa, em Campia (Vouzela).
Entre os 73 arguidos pelo crime
de incêndio florestal e os 48 incendiários detidos pela GNR, o rapaz é o
primeiro menor de 16 anos numa lista que, neste ano, reúne madeireiros e
pedreiros, pastores e os inevitáveis pirómanos e alcoólicos. Como não tem idade
para ser responsável criminalmente perante a lei (é menor de 16 anos), o rapaz
enfrenta um processo tutelar educativo, que terá como possível consequência a
obrigação de frequentar um curso de um ano, ministrado por técnicos da Direcção-geral
de Reinserção Social, para perceber os danos sociais e pessoais que um incêndio
pode causar. Segundo fontes policiais e judiciais, é esta a medida mais comum
quando os menores vêm de famílias estruturadas e não têm antecedentes, como é o
caso.
"Já tivemos casos destes no
passado e normalmente são actos inconsequentes, por brincadeira. Quando são
feitos por menores com antecedentes por vandalismo ou furto, o tribunal decreta
o internamento em centros educativos. Não havendo esse quadro, o mais habitual
é terem de frequentar um curso", explicou, em declarações ao DN, Rui Nunes,
do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro da PJ – onde o rapaz foi
ouvido, na presença dos pais. A família foi apanhada de surpresa mas garantiu
que ele não repetiria a perigosa graça. Não houve necessidade de levar o menor
no imediato ao Tribunal de Família e Menores, que será depois notificado.
Rute Coelho
* * * * * * * * * * * * * * * * *
* * * * *
Fonte (texto e imagem): DNPortugal
Sem comentários:
Enviar um comentário