A partir do fim da tarde de hoje,
o vento forte poderá atingir rajadas até cem quilómetros por hora, no litoral,
e até 120
quilómetros por hora, nas terras altas, "com
possibilidade de situações mais extremas". O vento forte manter-se-á até
terça-feira. A chuva persistente, por vezes forte, passará a aguaceiros,
podendo, no domingo, contudo, ser acompanhada de trovoada e de granizo, em
especial nas regiões do Norte e do Centro.
A agitação marítima na costa
ocidental irá aumentar, com as ondas a poderem atingir os cinco a sete metros a
partir da madrugada de domingo, sendo que a norte do Cabo Raso poderão chegar
aos sete a oito metros, entre a tarde de domingo e a manhã de segunda-feira. Segundo
o aviso, a norte do Cabo Raso, as ondas poderão atingir o máximo de 14 metros.
A queda de neve, nas regiões Norte
e Centro, poderá ocorrer, no domingo, a uma cota até aos 600 metros.
O aviso da ANPC alerta para a
possibilidade de inundações em "zonas historicamente vulneráveis",
mais prováveis nas bacias dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave, Vouga, Douro e
Mondego, "não sendo de excluir situações de cheias provocadas pelo aumento
do caudal das principais linhas de água". De acordo com a Protecção Civil,
existe o risco de "as condições de saturação dos solos favorecerem a
possibilidade de ocorrência de deslizamentos em zonas de declive mais
acentuado".
O mau tempo no continente,
sobretudo no norte, levou hoje ao corte de estradas, ao encerramento de barras
marítimas, à suspensão da circulação de comboios, a inundações e a
deslizamentos de terras. A CP, entretanto, decidiu suspender a venda de
bilhetes nas linhas ferroviárias do Norte e da Beira Alta, indicou à Lusa a
empresa.
Quase 600 ocorrências – A Autoridade
Nacional de Protecção Civil registou este sábado, das 00h00 até às 20h00, um
total de 580 situações devido ao mau tempo, a maioria inundações e
deslizamentos de terras. Segundo informações prestadas à Lusa pelo Comando
Nacional de Operações de Socorro da ANPC, os distritos mais fustigados são
Coimbra (com 129 situações reportadas), Aveiro (102) e Porto (84).
Inundações (291), deslizamentos
de terra (107), limpeza de vias (96), quedas de árvores (58), quedas de
estruturas (24) e salvamentos (quatro) foram os casos registados. De acordo com
a ANPC, 95% das estradas cortadas, devido a cheias e inundações, são
municipais.
A25 cortada (informação actualizada
às 20h10) – De acordo com fonte do destacamento territorial de Aveiro da GNR, a
A25 teve de ser interdita à circulação pelas 18:20, junto ao nó de Angeja, e a
EN 109, entre Angeja e Cacia, também está encerrada devido às cheias. Trata-se
do acesso norte à cidade de Aveiro.
Aluimento de terras na A41 (actualizado
às 19h) – Parte do asfalto da autoestrada cedeu e não circulam automóveis nas
seis faixas da A41 no troço entre Alfena e Valongo. A circulação apenas se faz
num sentido, mas apenas numa faixa paralela e de acesso à autoestrada.
Comboios (dados das 18h) – Por causa
do mau tempo e da muita chuva que tem caído a Norte do país, há duas linhas de
comboios que estão esta tarde cortadas. À TSF, a CP confirma problemas na Linha
da Beira Alta onde a circulação está interrompida entre Mortágua e Pampilhosa
devido a um túnel que ficou inundado.
Na Linha do Norte o corte
acontece na zona de Estarreja e a razão é a mesma: acumulação de água nos
carris. Em ambos os casos a CP está a levar os passageiros de autocarros nas
zonas cortadas. A CP decidiu entretanto deixar de vender bilhetes para as viagens
entre estes dois troços. Ainda por causa da chuva, também a Linha do Douro
chegou a estar cortada no concelho de Baião, mas a circulação já foi
restabelecida.
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Fonte: TSF
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