No Dia da Terra, chefes de Estado e governo de 171 países começaram a assinar o
Acordo de Paris na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, no
dia 22 de Abril de 2016, o que pode ser considerado um avanço capaz de fazer o
pacto sobre as alterações climáticas firmado no final de 2015, no final da
COP21, entre em vigor anos antes do previsto. De acordo com as Nações Unidas,
nunca antes tantos países assinaram um acordo no primeiro dia disponível para
isso. “A era do consumo sem consequências acabou”, declarou o secretário-geral
da ONU, Ban Ki-moon, no discurso de abertura da cerimónia, afirmando ser “uma
boa notícia” que recordes estão sendo batidos na sala da Assembleia-geral, mas
alertou que isto também está a acontecer “do lado de fora”. Ban citou recordes
“nas temperaturas globais, na perda de gelo e nos índices de carbono na
atmosfera”, além de mencionar uma “corrida contra o
tempo”.
O chefe das Nações Unidas aproveitou para fazer um
apelo, no sentido de que todos os países ratifiquem o tratado rapidamente para
que o Acordo de Paris possa entrar em vigor “o mais cedo possível”. Os Estados
que não o fizeram hoje têm até um ano para assiná-lo. O acordo envolve, por
exemplo, a redução da emissão de gases de efeito-estufa, a adopção de matrizes
energéticas mais limpas e o reflorestamento de áreas verdes desmatadas. O
Secretário de Estado americano, John Kerry, assinou o Acordo de Paris com a neta
no colo, afirmando que os Estados Unidos tem o objectivo de ratificá-lo ainda em
2016. De acordo com analistas, se o pacto entrar em vigor antes de Janeiro de
2017, quando o presidente Barack Obama deixar a Casa Branca, seria mais
complicado para o seu sucessor reverter a medida porque seriam necessários
quatro anos, sob as regras do tratado, para adoptar tal
iniciativa.
O maior poluidor do planeta, a China adiantou que
“finalizará os procedimentos domésticos” para ratificar o Acordo de Paris antes
da Cúpula do G20, em Setembro, o que gerou um elogio imediato do
secretário-geral da ONU. Marcos Sefcovic, chefe de Energia da União Europeia,
destacou que o bloco de 28 países quer estar na “primeira leva” de países
ractificadores. Primeiro a assinar o pacto, o presidente da França, François
Hollande, anunciou que pedirá ao Parlamento para ratificá-lo até ao Verão; “não
há como retroceder agora”, acrescentou Hollande.
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Fonte (adaptado): Agrosoft Brasil
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