A acção conjunta
de um anticiclone localizado a noroeste da Península Ibérica e de uma depressão
centrada em Marrocos influenciaram o estado do tempo no arquipélago da Madeira.
Em particular, na região do Funchal os efeitos orográficos reforçaram as
condições meteorológicas, nomeadamente os valores elevados da temperatura do
ar, valores baixos da humidade e o aumento da intensidade do vento.
Entre o dia 8 às
06 h e o dia 10 às 06 h, o Funchal foi afectado por tempo excepcionalmente
quente. Análise preliminar dos dados registados indica que não tem comparação
com o passado, em particular no que diz respeito às temperaturas mínimas
registadas, desde 1949 (data em que tiveram início as observações, no
Observatório Meteorológico do Funchal).
Neste período de
48 horas, a temperatura do ar foi sempre superior a 28 °C: acima de 32 °C em 92
% do tempo; acima de 35 °C em 35 % do tempo. O maior valor registado da
temperatura máxima foi 38,2 °C, no dia 9 às 16:10 h, comparável ao maior valor
de que há registo no Funchal, 38,5 °C, no dia 10 de agosto de 1976.
A temperatura
mínima, extremamente alta, registada no dia 9 de agosto foi 29,6 °C, ficando
agora 3,7 °C acima do anterior máximo, 25,9 °C, registado no dia 12 de agosto
de 1976.
As temperaturas
altas referidas estiveram associadas a valores da humidade relativa inferiores
a 30 % e vento moderado, com rajadas que variaram entre 50 e 80 km/h, em
particular durante o dia 9 de agosto.
Estas condições
meteorológicas excepcionais, antecedidas já por dias quentes e secos, em
particular o dia 5, em que foi registada uma máxima de 37,8 °C, condicionaram
fortemente os acontecimentos dos dias 8 e 9 de agosto de 2016.
Os próximos 5
dias serão, em todos os aspectos meteorológicos, mais amenos, com temperaturas
máximas a variarem entre 27 e 32 °C e as mínimas entre 21 e 23 °C.
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Fonte: IPMA
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