A localização de um anticiclone sobre a Península Ibérica e Norte de África,
estendendo-se na vertical aos vários níveis da troposfera e orientado no sentido
Sul – Norte, originou o transporte de ar muito quente do interior da Península
Ibérica e Norte de África, o reforço do aquecimento do ar devido à forte
subsidência (descida) do ar e vento fraco.
Esta situação meteorológica originou a intensificação
do aquecimento do ar junto ao solo verificando-se valores da temperatura do ar
extremamente elevados, em especial na região sudoeste da Península
Ibérica.
Nos dias 5 e 6 registaram-se valores de temperatura
média do ar muito elevados em Portugal continental, sendo o dia 6 de Setembro o
mais quente do ano, com uma temperatura média de 29.2 °C, valor superior aos
registados nos dias 8 e 7 de Agosto, com 28.7 e 28.6 °C,
respectivamente.
No dia 6 os valores médios da temperatura máxima, 38.6
°C, e mínima, 19.8 °C, foram também os mais altos deste
ano.
Nos dias 5 e 6 de Setembro foram ultrapassados os
anteriores maiores valores da temperatura máxima para o mês de Setembro em 73%
das estações (total de 82 estações): 17% no dia 5 e 56% no dia 6. De destacar
que em 24% das estações foram ultrapassados no dia 6 os maiores valores de
temperatura máxima registados no dia 5.
De referir também os valores muito altos da
temperatura mínima, que ultrapassaram os maiores valores anteriormente
observados nas estações de Vila Real, Guarda, Castelo Branco, Lisboa, Évora,
Beja e Vila Real de Santo António.
De salientar a ocorrência de uma onda de calor, com
início no final de Agosto ou 1 de Setembro, em grande parte das regiões do Norte
e Centro e interior do Alentejo.
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Fonte: IPMA
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