quinta-feira, 27 de outubro de 2016

5950. Tornados arrancaram centenas de árvores em explorações agrícolas do Alentejo

Os tornados que fustigaram, esta semana, os concelhos de Serpa e Vidigueira, no Alentejo, arrancaram centenas de árvores e provocaram estragos numa habitação, em pivôs de rega e em casões agrícolas, foi divulgado esta quarta-feira. José Damião, presidente da Associação dos Agricultores de Serpa, no distrito de Beja, disse hoje à agência Lusa que os dois tornados que afectaram o concelho, o primeiro cerca das 21h30 de segunda-feira e o segundo ao início da madrugada de terça-feira, provocaram prejuízos em várias explorações agrícolas.
Segundo o responsável, os tornados afectaram zonas de montado de sobro e azinho e de olival, arrancando árvores, sobretudo azinheiras e sobreiros centenários e que davam cortiça. Também foram arrancadas árvores de olivais tradicionais, intensivos e superintensivos, indicou.
Os tornados causaram ainda estragos numa habitação, uma segunda residência dos proprietários de um monte na Serra de Serpa, e em infra-estruturas de rega, nomeadamente pivôs, e de apoio à actividade agrícola, como casões, precisou. De acordo com José Damião, o levantamento dos prejuízos causados pelos tornados ocorridos em Serpa está a ser feito, desde hoje, pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo com o apoio da associação.
Já o tornado que afectou, cerca das 23h00 de segunda-feira, uma zona rural de Pedrógão do Alentejo, no concelho de Vidigueira, também no distrito de Beja, causou um prejuízo de pelo menos 20 mil euros na Herdade de Aldeias Pequenas. Na segunda-feira à noite, “formou-se um vento ciclónico de alguma intensidade, que atravessou uma área de quatro hectares da herdade”, onde arrancou árvores, algumas azinheiras e sobretudo cerca de 600 oliveiras, e afectou dois pivôs de rega, disse à Lusa Manuel Machado, responsável técnico da herdade, que produz azeitona.
“A zona afectada de forma parcial ou totalmente perdida é de cerca de quatro hectares” e “os principais estragos” verificam-se em dois olivais, um plantado em 1995 e o outro em 2003, referiu. Os estragos nos olivais, “considerando as perdas de produção imediatas e futuras e os custos com replantações”, causaram um prejuízo estimado em 20 mil euros, disse, referindo que ainda não dispõe de estimativa relativa aos prejuízos causados nos dois pivôs de rega, sendo que um foi totalmente derrubado e o outro parcialmente.
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Fonte: Observador

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