Com o tweet “Nunca esqueçamos de
que o ambiente é um bem colectivo, património de toda a humanidade e
responsabilidade de todos”, o Papa Francisco recorda o Dia Mundial do Meio
Ambiente celebrado esta segunda-feira, 5 de Junho. A preocupação com nossa
“Casa comum” é uma das marcas do Pontificado de Francisco. Em 24 de Maio de
2015, foi publicada sua Encíclia Laudato Sii, que trata de uma “ecologia
integral”, ou seja, que envolve ecologia do homem e ecologia da criação.
Já na Missa com a imposição do
Pálio e a entrega do Anel do Pescador para o início do Ministério Petrino do
Bispo de Roma, Francisco destacava em sua homilia a importância do cuidado com
a criação, indicando assim uma das linhas de seu Pontificado. A Santa Missa de
início do ministério petrino, de fato, deu-se em coincidência com a Solenidade
de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal. José teve a
vocação de “guardião”, cuidou “com amor de Maria” e se dedicou “com empenho
jubiloso à educação de Jesus Cristo”, “também guarda e protege o seu Corpo
místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo”.
“Entretanto – observou o Papa
Francisco - a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas
tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos:
é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis
e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de
Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente
de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que
são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É
cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois,
como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos
tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um
mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo
está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito
a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!”
“E quando o homem falha nesta
responsabilidade – foi o seu alerta - quando não cuidamos da criação e dos
irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido.
Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios
de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher”.
Neste contexto, o Papa dirigiu o
seguinte apelo:
“Queria pedir, por favor, a
quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou
social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da
criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do
ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho
deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos.
Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar
quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele
que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem.
Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura”. (JE)
* * * * * * * * * * * * * * * * *
* * * * *
Fonte (texto e imagem): RádioVaticano
Sem comentários:
Enviar um comentário