Pelo menos 61 pessoas morreram e cerca de 62 ficaram feridas num incêndio que
deflagrou na tarde deste sábado em Pedrógão Grande, Leiria. Entre as vítimas
estarão quatro menores. Rodrigo, de quatro anos, seguia com um tio num carro. Na
aldeia de Mó Pequena, Bianca, de 4 anos, terá morrido quando fugia com a avó.
Outras duas crianças, com idades abaixo de 8 anos seguiam noutra viatura
apanhada pelo fogo. A maior parte das vítimas foi apanhada pelas chamas quando
seguia de carro e se viu encurralada pelo fogo, mas há várias aldeias com casas
destruídas. Os mortos confirmados até ao momento serão todos civis. Muitas
pessoas estão ainda dadas como desaparecidas, pelo que o balanço de vítimas
poderá aumentar Durante a madrugada, foi noticiado o desaparecimento de dois
bombeiros, mas terão sido localizados, com ferimentos. Entre os cinco feridos
mais graves estão quatro bombeiros e uma criança. Este domingo, o fogo ainda
arde com muita intensidade. A PJ garante que o fogo teve origem num raio que
atingiu uma árvore. 21h58 – A vila de Cernache do Bonjardim, no centro do país,
está esta noite expectante com as chamas que lavram no norte do concelho,
propagadas a partir do incêndio que nasceu sábado em Pedrógão
Grande.
21h55 – O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho,
desloca-se na segunda-feira à sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil, na
sequência do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande e que já causou
61 mortos. Passos Coelho cancelou todas as iniciativas partidárias para esta
semana devido a esta tragédia. Fonte do partido explicou à Lusa que a deslocação
de segunda-feira, marcada para as 11h00, "é uma iniciativa institucional para se
inteirar de todos os esforços que a Protecção Civil tem feito nos últimos
dias".
21h06 – O secretário-geral das Nações Unidas, António
Guterres, manifestou pesar pelas vítimas dos incêndios em Portugal, dizendo-se
"chocado" com a tragédia e disponibilizou o apoio daquela entidade, "no que for
possível". Numa declaração emitida a partir da sede da ONU sobre o sinistro,
António Guterres disse estar "chocado e horrorizado" com o número de vidas
perdidas em três concelhos do distrito de Leiria. Guterres disse que telefonou
de manhã ao Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, assim
como ao primeiro-ministro, António Costa, para exprimir "profunda tristeza e
condolências ao povo português", e fazendo votos da rápida recuperação dos
feridos. "As minhas orações e pensamentos estão agora com as famílias das
vítimas", acrescentou o secretário-geral da ONU. António Guterres disponibilizou
o apoio daquela organização "para assistir Portugal no que for preciso", e
elogiou "o trabalho incansável" do Governo, dos bombeiros, dos profissionais de
emergência e das organizações da sociedade civil "que estão a fazer de tudo para
conter o incêndio e ajudar as pessoas que precisam".
20h45 – O primeiro-ministro apelou a todos os cidadãos
nas áreas afectadas por incêndios que cumpram as ordens das autoridades,
nomeadamente de evacuação, e afirmou que a maioria das vítimas já identificadas
no fogo de Pedrógão Grande morreu em casa. "Quero chamar a atenção que a maioria
das pessoas que faleceu, e que já estão identificadas, não foram vítimas nos
carros, foram vitimadas nas casas que não tiveram oportunidade de abandonar a
tempo", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas, em Alvares,
freguesia do concelho de Góis (Coimbra), também atingido por um incêndio
violento e no final de uma visita aos municípios mais afectados. Por isso,
apelou o primeiro-ministro, "quando as autoridades fazem apelos de evacuação é
essencial que sejam cumpridos".
20h31 – Marcelo Rebelo de Sousa fez uma curta
declaração ao país a partir do Palácio de Belém onde pediu para esquecermos para
já as "interrogações e sentimentos que nos angustiam" e "prosseguir o combate em
curso, manter e alargar a nossa solidariedade aos que sofreram e sofrem a
tragédia, demonstrando que nos instantes mais difíceis da nossa vida como nação
somos como um só. Por Portugal". O Presidente da República, que na madrugada de
domingo esteve em Pedrógão Grande, garantiu que, esta segunda-feira, vai voltar
à zona atingida pelo trágico incêndio.
20h25 – A ministra da Administração Interna informou
que o incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande já alastrou para o
distrito de Castelo Branco, tendo entrado no concelho da
Sertã.
19h55 – O Presidente da República promulgou o decreto
do Governo que declara luto nacional por três dias, pelas vítimas do incêndio no
distrito de Leiria. Bandeira nacional está a meia haste no Palácio de
Belém.
19h49 – O seleccionador português, Fernando Santos,
afirmou que a tragédia de Pedrógão Grande, que já fez mais de meia centena de
mortos, "tocou muito" a comitiva lusa que está na Rússia, a participar na Taça
das Confederações de futebol. "Em meu nome e em nome dos jogadores, quero dar
uma palavra a todos aqueles que estão em Portugal a sofrer muito. É uma situação
que nos tocou muito a todos", afirmou Fernando Santos, após o empate (2-2)
frente ao México, em Kazan, na primeira jornada do Grupo
A.
19h36 – O treinador português de futebol André
Villas-Boas disse que vai doar 100.000 euros às famílias das vítimas da tragédia
do Pedrógão Grande. A verba ficou definida depois de uma iniciativa do técnico
na sua conta oficial no Instagram, na qual prometia doar 10 euros por cada like
a uma publicação sua de uma foto do incêndio em Pedrógão
Grande.
19h31 – A empresária e filha do chefe de Estado
angolano Isabel dos Santos assumiu "tristeza" face ao incêndio que deflagrou em
Pedrógão Grande, Portugal, e que já provocou 61 mortos, elogiando o "corajoso"
trabalho dos bombeiros. Numa mensagem publicada hoje pela empresária na sua
conta oficial na rede social Instragam, Isabel dos Santos escreve que o seu
pensamento vai para "todos aqueles que perderam seus [entes] queridos" e
transmitiu "solidariedade, neste momento de grande tristeza" para com as
famílias e vítimas "deste drama".
19h20 – Marcelo vai fazer declaração ao País às
20h30.
19h16 – Cinco aldeias foram evacuadas e o IC8 está
cortado nos dois sentidos.
19h15 – De acordo com a vice-presidente da Câmara de
Castanheira de Pêra parte dos mortos que estavam nos carros eram turistas que
tinham ido à praia fluvial das Rocas.
19h08 – Constança Urbano de Sousa adiantou ainda que
no terreno estão 800 efectivos, 260 meios terrestres, ajudados por 10 meios
aéreos. Há 10 elementos feridos, quatro em estado grave. Há ainda zonas onde as
autoridades não conseguiram chegar.
19h05 – A Ministra da Administração Interna, Constança
Urbano de Sousa, acaba de fazer um ponto da situação. Mantém-se o número de
vítimas. Há cinco pontos de atendimento na área (em Avelar, no campo de futebol,
em Pedrógão Grande, na Santa Casa, em Figueiró dos Vinhos, no pavilhão
gimnodesportivo, em Ansião, nos Bombeiros Voluntários, e em Castanheira de Pêra
na Santa Casa) e uma linha de emergência para disponibilizar alojamento às
vítimas que perderam as casas (144). A ministra adiantou que Espanha vai enviar
bombeiros para o reforço dos meios terrestres.
18h40 – Onze feridos estão hospitalizados em unidades
de queimados de hospitais de Lisboa, Coimbra e Porto em consequência do incêndio
que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, informaram fontes hospitalar e
governamental. Nas unidades de queimados de hospitais de Lisboa estão internados
dois feridos em Santa Maria e um no São José, além de outros sete no Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Um bombeiro também deu entrada, na
madrugada de domingo, no Hospital da Prelada, no Porto, "com queimaduras na face
e nos membros superiores e inferiores", informou fonte oficial da unidade. O
ferido, oriundo de Castanheira de Pêra, foi assistido no local e transportado
para a unidade portuense devidamente estabilizado e apresentava, durante a
tarde, "prognóstico reservado".
18h34 – O ministro da Saúde destacou a "capacidade e
generosidade notáveis" dos profissionais de saúde e da sociedade civil, no apoio
às vítimas dos incêndios da zona de Pedrógão Grande. Adalberto Campos Fernandes
visitou vários hospitais do país que estão a dar apoio a feridos e vítimas dos
incêndios, considerando que a prestação de cuidados "está a funcionar
bem".
18h18 – O especialista florestal Paulo Fernandes
defendeu que a análise à tragédia do incêndio de Pedrógão Grande deve ser
colocada na protecção civil e não na política da floresta.
18h17 – O primeiro-ministro está a visitar áreas
afectadas pelo incêndio de Pedrógão Grande, estando pelas 18h00 no município
vizinho de Figueiró dos Vinhos, depois de já ter passado por Castanheira de
Pêra, concelhos do distrito de Leiria. Fonte oficial do Governo disse que estas
deslocações de António Costa tem como principal objectivo preparar o plano de
resposta do Estado face às consequências do incêndio. Nestas deslocações, o
líder do executivo tem estado acompanhado pelos ministros do Planeamento e das
Infraestruturas, Pedro Marques, e da Agricultura, Capoulas Santos.
18h14 – A Ordem dos Médicos Dentistas ofereceu ajuda
às autoridades para a identificação dos cadáveres da tragédia dos incêndios na
zona de Pedrógão Grande. Segundo Orlando Monteiro da Silva, os médicos
dentistas, sobretudo com formação na área da medicina legal, podem ajudar a
identificar cadáveres através dos dentes, sendo um dos meios "eficaz e rápido"
de identificação.
18h10 – O director nacional adjunto da Polícia
Judiciária (PJ) disse que a identificação definitiva das vítimas mortais do
incêndio de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, só será possível
posteriormente. "As equipas da PJ, do Instituto Nacional de Medicina Legal e
Ciências Forenses e da GNR prosseguem o trabalho de exame e identificação das
vítimas mortais nos locais onde se encontram", afirmou Pedro do Carmo.
Salientando que esta "é uma tarefa que está a ser realizada em condições
extremamente difíceis", Pedro do Carmo declarou que, "não obstante o trabalho já
desenvolvido, a identificação definitiva das vítimas mortais só será possível
posteriormente"
18h05 – O combate ao incêndio de Pedrógão Grande foi
esta tarde reforçado com mais operacionais, veículos e meios aéreos, segundo a
Protecção Civil, que tem no teatro de operações 870 operacionais, 268 viaturas e
dez meios aéreos. De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional da
Protecção Civil (ANPC) às 18h00 estavam empenhados no combate às chamas 870
operacionais apoiados por 268 viaturas e dez meios aéreos, números que, ao longo
da tarde, têm sido várias vezes ampliados.
17h53 – Mais de 40 enfermeiros ofereceram-se como
voluntários para ajudar as vítimas do incêndio da zona de Pedrógão Grande,
estando a Ordem e a administração de saúde do centro a preparar a forma de
distribuir estes profissionais. A bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco,
tem estado desde madrugada em contacto com o ministro da
Saúde.
17h48 – O ministro da Agricultura, Florestas e
Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, convocou uma reunião interna para
avaliar possíveis medidas de apoio, no seguimento do incêndio de Pedrógão
Grande.
17h27 – A Marinha tem a caminho de Pedrógão Grande 20
militares e uma cozinha de campanha para fornecer 2.400 refeições diárias a 800
pessoas entre esta noite e terça-feira, adiantou este ramo das Forças Armadas. O
porta-voz da Marinha, comandante Pedro Coelho Dias, explicou que a caminho de
Pedrógão Grande encontra-se uma coluna com duas dezenas de fuzileiros que vão
servir o pequeno-almoço, almoço e jantar a 800 pessoas, entre a noite deste
domingo e terça-feira, pelo menos.
17h24 – O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses
pediu água, fruta e barras energéticas para as corporações de Pedrógão Grande,
Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, no distrito de Leiria, e Alvares,
concelho de Góis, distrito de Coimbra. Jaime Marta Soares declarou que "há um
desgaste muito grande, um consumo muito grande de alimentação" por parte dos
bombeiros e agradeceu a "generosidade dos portugueses que são sempre muito
solidários com os bombeiros".
17h05 – Cannadairs franceses chegaram à Base Aérea de
Monte Real. Preparam-se agora para enfrentar as chamas em Pedrógão
Grande.
16h55 – A associação ambientalista Quercus lamentou o
"total laxismo" das autoridades em relação à política florestal e considerou que
são precisas tragédias como o incêndio de Pedrógão Grande para que os políticos
se lembrem disso. "O Governo promete uma reforma florestal e a revogação da
chamada lei do eucalipto e continua na mesma, isso é triste", afirmou à João
Branco, presidente da Quercus.
16h50 – O presidente da Câmara de Pedrógão Grande,
Valdemar Antunes, disse que 95% da floresta ardeu e que, ao nível de
infraestruturas, o concelho está "a zero". "Não há uma previsão [da área
ardida], mas para mim ardeu tudo. Temos mais de 95% da floresta ardida. O
concelho ardeu", afirmou. O autarca adiantou ainda que o concelho de Pedrógão
Grande ficou "a zero" ao nível das infraestruturas na sequência do incêndio que
deflagrou sábado.
16h42 – O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses
defendeu a necessidade do "emparcelamento" da floresta portuguesa, e admitiu que
o incêndio em Pedrógão Grande, apesar da origem natural apontada, teve "mão
humana". "Nós para prepararmos uma floresta, com um mosaico florestal, com
espécies autóctones, com linhas corta-fogo, temos de emparcelar", afirmou Jaime
Marta Soares, em declarações à agência Lusa. O presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses acrescentou que "não pode haver planeamento e ordenamento sem
emparcelamento", que "mexe com os interesses de muita
gente".
16h40 – Entraram em espaço aéreo português os
canadairs franceses que irão ajudar no combate às chamas em Pedrógão Grande. As
aeronaves deverão aterrar dentro de minutos em Monte Real.
16h39 – A Fundação Calouste Gulbenkian decidiu
constituir um fundo especial de 500 mil euros, para apoio às organizações da
sociedade civil da região de Pedrógão Grande, afectada pelos incêndios deste
fim-de-semana.
16h35 – Dois feridos graves do incêndio de Pedrógão
foram transportados para um hospital de Lisboa.
16h24 – A ministra da Administração Interna afirmou
que foram evacuadas três aldeias devido ao incêndio que deflagrou no sábado em
Pedrógão Grande, elogiando o trabalho dos bombeiros num "combate sem tréguas" ao
fogo. De acordo com Constança Urbano de Sousa, o incêndio lavra com "quatro
frentes activas", duas das quais já estavam dominadas, mas reacenderam, devido
às "condições meteorológicas muito adversas".
16h20 – As misericórdias portuguesas vão poder acolher
os desalojados dos incêndios que lavram nos distritos de Leiria e Coimbra, disse
o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos. "Fizemos já
um levantamento de quantas pessoas podemos acolher, eu já tenho esse resultado
no distrito de Coimbra e, numa primeira fase, podemos acolher de imediato cerca
de 100 pessoas", disse Manuel Lemos.
16h19 – O primeiro-ministro, António Costa, anunciou
que serão instalados no terreno quatro centros operacionais da Segurança Social
em Pedrógão Grande, Avelar, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra. Em
declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com os autarcas de Figueiró
dos Vinhos, Pampilhosa e Pedrógão Grande, o primeiro-ministro explicou que estes
centros terão "condições para dar resposta quer a alojamentos de emergência quer
a apoios sociais de emergência que sejam necessários".
16h13 – Um avião P3-C Orion a Força Aérea Portuguesa
vai ser mobilizado para o incêndio de Pedrógão Grande para ajudar na
monitorização do fogo. A aeronave deverá descolar pelas 16h00 da Base Aérea Nº
11, em Beja, para o aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, onde vão
embarcar dois elementos da Autoridade Nacional da Protecção Civil e depois rumar
até ao teatro de operações para também ajudar "na identificação de pontos
quentes susceptíveis de gerarem reacendimentos", indicou fonte da
ANPC.
16h09 – As aulas e os exames nos municípios de
Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra estão suspensos a
partir de segunda-feira e por tempo indeterminado, informou este domingo o
Ministério da Educação. "Foi já assegurado que os alunos das comunidades
educativas afectadas terão oportunidade de realizar os exames e provas em datas
alternativas, estando acautelado que não serão prejudicados", indica uma nota do
Ministério enviada à agência Lusa.
15h00 – O primeiro-ministro, António Costa, corrigiu o
último balanço oficial de vítimas no incêndio que deflagrou no sábado em
Pedrogrão Grande, de 62 para 61, uma vez que um dos registos tinha sido
duplicado. "Muito provavelmente o número de vítimas será superior, mas neste
momento o número confirmado não são 62 mas 61 -- um dos registos tinha sido
duplicado --, mas não vale a pena alegrarmo-nos com isso porque iremos,
certamente, encontrar mais vitimas no terreno", afirmou o chefe do Executivo
português.
14h20 – O primeiro-ministro defende que a prioridade
tem de ser o combate ao incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande e a
identificação das vítimas, admitindo que o número possa ainda subir. "Chegará o
momento de apurar o que aconteceu", afirmou António Costa, à entrada de uma
reunião na Câmara Municipal de Pedrógão Grande Leiria), salientando que sábado
foi "um dia de risco, com mais de 156 incêndios".
13h52 – O Conselho de Ministros aprovou um decreto que
declara luto nacional durante três dias, entre hoje e terça-feira. Em
comunicado, o Governo adianta que este decreto foi aprovado "fazendo uso da
faculdade de deliberação electrónica prevista nos termos do Regimento do
Conselho de Ministros". O decreto, lê-se no comunicado, "produz efeitos a partir
do dia 18 de Junho de 2017 [este domingo] e entra imediatamente em
vigor".
13h50 – Pelo menos 39 corpos já foram recolhidos após
o incêndio que continua a lavrar em Pedrógão Grande e em localidades vizinhas.
Cinco vítimas mortais já foram identificadas, conta fonte da Polícia Judiciária
ao CM, adiantando que a identificação de todos os mortos através de amostras de
ADN será difícil, uma vez que os corpos encontram-se
carbonizados.
13h30 – O Presidente da República cancelou toda a
agenda até à próxima terça-feira. Marcelo Rebelo de Sousa já esteve esta
madrugada em Pedrógão Grande.
13h28 – Seis dos 45 feridos que foram internados em
Coimbra estão em estado grave e cinco deles permanecem nos cuidados intensivos,
com ventilação. Uma criança que deu entrada nos serviços de pediatria com
queimaduras que atingem um sexto do corpo. Pelo menos 12 doentes vão ser
atendidos nos serviços de cirurgias plásticas, 10 estão em observação e 16 já
tiveram alta médica.
13h30 – Novo balanço da tragédia. O secretário de
Estado Jorge Gomes anuncia 62 mortes. Destas, 60 estão directamente relacionadas
com o fogo, duas outras pessoas morreram num acidente de viação provocado pelas
condições das estradas na região. Entre as vítimas estarão quatro menores.
Rodrigo, de quatro anos, seguia com um tio num carro. Na aldeia de Mó Pequena,
Bianca, de 4 anos, terá morrido quando fugia com a avó. Outras duas crianças,
com idades abaixo de 8 anos seguiam noutra viatura apanhada pelo
fogo.
13h25 – EDP anuncia que é preciso reparar 30km de
linha de baixa tensão na região afectada pelo incêndio. Empresas de telemóveis
também estão a avaliar estragos na zona.
12h31 – O CM apurou que pelo menos 11 pessoas morreram
na aldeia de Nodeirinho, em Pedrógão Grande. A aldeia fica junto ao IC8, uma das
vias mais afectadas pelo incêndio.
12h04 – Em novo briefing com a comunicação social, o
secretário de Estado da Administração Interna actualizou o balanço de vítimas em
58 mortos. Governante diz que duas das quatro frentes do incêndio "estão a ceder
ao combate dos meios".
12h00 – O Exército tem nos incêndios de Góis e
Pedrógão oito máquinas de rastos. Estão no local militares de 12
pelotões.
11h30 – O primeiro-ministro António Costa volta esta
manhã ao local do incêndio, para acompanhar a operação em curso. Chefe do
governo vai reunir-se com autarcas dos municípios
afectados.
10h05 – O secretário de Estado da Administração
Interna, Jorge Gomes, actualiza o número de mortos para 57. Explica que 47 das
vítimas foram encontradas dentro de carros na Estrada Nacional 236, que dá
acesso ao IC8. Trinta destas vítimas estavam dentro de carros, outras 17 foram
encontradas fora das viaturas, nas bermas das estradas. Outras 10 vítimas foram
encontradas noutros locais.
10h00 – O Comissário Europeu para a ajuda humanitária
Christos Stylianids anuncia que a União Europeia está pronta para ajudar
Portugal, tendo já sido enviados aviões de combate a incêndios pelo Mecanismo de
Protecção Civil Europeu 10h00 – Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses, diz à CMTV que os cinco bombeiros que estão
hospitalizados pertencem à corporação de Castanheira de Pêra. Dois deles estão
feridos com muita gravidade e têm prognóstico reservado. Outros três estão em
condição estável. O responsável confirma que, neste momento, não há notícia de
qualquer bombeiro desaparecido.
9h50 – Pelo menos três civis foram retirados do local
pelo helicóptero do INEM e foram encaminhados para a Unidade de Queimados da
Universidade de Coimbra e para outros hospitais da zona. Em Santa Maria, Lisboa,
estarão pelo menos duas pessoas internadas.
9h40 – O director nacional da Polícia Judiciária (PJ)
diz à Lusa que o incêndio q teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer
indício de origem criminosa. "A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu
determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam
causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um
raio", disse Almeida Rodrigues. "Conseguimos determinar que a origem do incêndio
foi provocada por trovoadas secas", tendo sido a partir daí que o fogo se
propagou, explicou o director nacional da PJ.
08h35 – O secretário de Estado da Administração
Interna, José Gomes, faz um novo balanço. "Infelizmente, a cada balanço temos
mais mortes a registar. Neste momento contabilizamos 43 mortos". O governante
explica que a maioria das vítimas foi encontrada nas estradas da região, dentro
e fora dos carros. Entre os feridos, 18 foram transportados para hospitais de
Coimbra, Porto e Lisboa. Os meios aéreos vindos de Espanha estão a chegar ao
local, os de França vêm a caminho. Técnicos da segurança social e psicólogos
estão a ser mobilizados para o terreno.
8h15 -O cenário no Pedrógão Grande e concelhos
vizinhos é de tragédia. Há relatos de várias aldeias com casas destruídas e as
equipas que estão no local têm grande dificuldade em chagar aos locais
afectados. As primeiras vítimas conhecidas perderam a vida em Figueiró dos
Vinhos, numa estrada de acesso ao cemitério local. As 18 pessoas estavam em
quatro carros e teriam ligações familiares e de amizade entre si. No IC8, pelo
menos quatro pessoas morreram quando ficaram emboscadas pelo fogo quando
circulavam nesta via. Entre os feridos mais graves contam-se quatro bombeiros e
uma criança. Pelo menos 18 dos feridos mais graves foram transportados para
hospitais nacionais com unidades de queimados. Estão no local equipas da PJ e do
Instituto de Medicina Legal. Trabalho de identificação das vítimas dificultado
pelo estado de carbonização dos corpos.
7h42 – O secretário de Estado Jorge Gomes actualizou o
balanço do número de vítimas. Estão agora confirmadas 39 mortes. Outras 59 estão
feridas. Entre os feridos mais graves, contam-se quatro bombeiros e um civil. Há
várias zonas afectadas pelo incêndio que ainda não foram vistoriadas, pelo que é
possível que o balanço de vítimas possa aumentar. O fogo continua muito longe de
estar controlado, com várias povoações em risco. Entre os feridos há várias
crianças. Foi pedida ajuda internacional e estarão a ser mobilizados para o
teatro de operações meios de Espanha e de França.
7h05 – Segundo a página da Protecção Civil, estão
mobilizados para o combate às chamas no Pedrógão grande 682 operacionais,
apoiados por 219 viaturas. O fogo permanece fora de controlo. Muito próximo
dali, um fogo em Góis mobiliza 387 operacionais e 118
veículos.
7h00 – O presidente da Câmara de Castanheira de Pêra,
Fernando Lopes (PS), um dos concelhos do distrito de Leiria afectados pelo
incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, descreve o cenário que se vive: "Isto
está uma situação catastrófica. Está caótica", disse, por telefone, à agência
Lusa. Afirmando ter "infelizmente" registo de vítimas mortais e de feridos no
seu concelho, Fernando Lopes não soube, contudo, precisar as vítimas ou as casas
ardidas. "Não tem havido comunicações e isso dificultou muito. Temos muitas
casas ardidas em várias localidades, mas não sei quantas ao certo", disse. O
autarca frisou ainda que o fogo "não dá sinais de querer abrandar" e que têm
"poucos meios" a combatê-lo. "Todos temos ajudado e todos somos poucos",
lamentou o presidente da câmara. O fogo deflagrou ao início da tarde de sábado
numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão (distrito de Leiria), e
alastrou-se aos municípios vizinhos de Castanheira de Pêra e Figueiró dos
Vinhos.
Primeiro-ministro anuncia 25 mortos O incêndio que
lavra há várias horas em Pedrógão Grande já fez 25 mortos informou na madrugada
deste domingo o Primeiro-ministro, António Costa. Há ainda 21 feridos, entre
elas uma criança, e dois bombeiros da corporação de Castanheira desaparecidos.
Já Valdemar Alves, Presidente da Câmara de Pedrógão Grande, admite a existência
de mais vítimas mortais. 16 das 24 vítimas morreram carbonizadas dentro de
viaturas. Outras vítimas estavam junto a um cemitério e perderam a vida por
inalação de fumo. O Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes,
disse à CMTV que foi activado o Plano de Emergência
Distrital.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime
Marta Soares, confirmou também à CMTV que quatro elementos dos bombeiros estão
em estado grave. Ao que o CM conseguiu apurar, estas três vítimas estariam a
viajar de carro com mais quatro pessoas de Mosteiro até Pedrógão Grande quando
foram apanhadas de surpresa pelo fogo. O Presidente da República Marcelo Rebelo
de Sousa já está no local onde já estão também o Secretário de Estado da
Administração Interna, Jorge Gomes, e o presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses, Jaime Marta Soares. O primeiro-ministro António Costa está nas
instalações da Protecção Civil de Carnaxide onde está a orientar o Plano de
Emergência Nacional. No local está montado um hospital de campanha nas próximas
horas e estão a chegar reforços para combater o fogo.
O incêndio já passou para o concelho de Figueiró dos
Vinhos, também no distrito de Leiria. De acordo com a Lusa, vários carros de
bombeiros foram destruídos pelo fogo. O fogo florestal está a ameaçar várias
casas em Pedrógão Grande. Devido às chamas, a GNR fechou algumas estradas da
zona, entre elas, o Itinerário Complementar 8 (IC8), nas saídas da zona
industrial de Pedrógão Grande e do Outão. A população de Pedrógão Grande está
assustada com o incêndio já que a electricidade foi cortada por razões de
segurança. O fogo deflagrou pelas 14h00 e está ainda a ser combatido por 516
bombeiros, vindo de vários pontos do país. Pelo menos 60 são da zona de Lisboa.
O Primeiro-ministro vai decretar este domingo luto
nacional.
Natacha Nunes Costa, João Monteiro de Matos, José
Carlos Marques e Pedro Zagacho Gonçalves
* * * * * * * * * * * * * *
Fonte: Correio da
Manhã
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