quinta-feira, 6 de julho de 2017

6312. Mau tempo causa estragos no Norte e Centro do continente

O mau tempo que se verificou esta quinta-feira no Norte e Centro causou diversos estragos nestas regiões do país.
No distrito de Vila Real, a chuva intensa e a queda de granizo provocaram inundações em estabelecimentos comerciais e em casas particulares e arrastaram detritos para as estradas. “Foi uma coisa impressionante, como eu nunca vi. Na vila chegamos a ter 15 centímetros de água nas ruas ”, afirmou o presidente da Câmara de Mesão Frio, Alberto Pereira. Esta tarde choveu com intensidade em pelo menos seis concelhos do distrito de Vila Real, nomeadamente Alijó, Sabrosa, Mesão Frio, Santa Marta de Penaguião, Vila Real e Vila Pouca de Aguiar.
Alberto Pereira foi para o terreno avaliar os estragos provocados pelo mau tempo e, segundo descreveu, “está tudo um pandemónio”. Casas com água a entrar, estradas cortadas, está tudo muito complicado. Andamos com cerca de 10 equipas no terreno a ver o que podemos resolver”, salientou. O autarca falou em “estragos significativos”, mas adiantou que só na sexta-feira é que conseguirá ter “a real dimensão do que aconteceu”.
Ao lado, no concelho de Santa Marta de Penaguião, as preocupações viram-se para a vinha da Região Demarcada do Douro devido à queda de granizo. Eram pedras do tamanho de cerejas. Caiu granizo durante cerca de 10 minutos mas com muita intensidade”, afirmou o presidente da junta de Fontes, Hugo Sequeira.
O autarca disse que, neste momento, “ainda não há uma noção dos estragos”, mas, adiantou que “os agricultores estão muito preocupados”. “Numa primeira impressão é muito mau”, frisou. Nesta freguesia, houve ainda registo de inundações em habitações e estradas condicionadas devido ao arrastamento de terras.
No Pinhão, concelho de Alijó, foi afectada a principal avenida da vila e a zona ribeirinha. O responsável pela protecção civil municipal, José Carlos Rebelo, disse à agência Lusa que se verificaram “quedas de terras e muita água acumulada”, afectando a zona da estação ferroviária e provocando inundações em casas comerciais e particulares. Para o local foram mobilizados 25 operacionais e nove viaturas.
Em Sabrosa, segundo o presidente da câmara, Domingos Carvas, o mau tempo afectou principalmente o centro da vila, onde se registaram várias inundações de casas particulares e comerciais. O autarca referiu que irá para o terreno fazer um levantamento dos estragos.
A chuva foi descendo para Vila Real, onde provocou também constrangimentos em algumas artérias da cidade, levantou tampas de saneamento e pequenas inundações. Borges Machado referiu que, inclusive, no edifício do antigo Governo Civil de Vila Real, e onde está instalado o Centro Distrital de Operações de Socorro, se verificou uma pequena inundação. As equipas da protecção civil e os bombeiros estão no terreno a proceder a operações de limpeza.
Inundações em Lousã e Miranda do Corvo – A chuva forte, as trovoadas e a queda de granizo também causaram inundações na Lousã e em Miranda do Corvo, tendo destruído culturas agrícolas, disseram fontes da Protecção Civil à agência Lusa.
Uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra informou que o mau tempo originou inundações na via pública, nos dois concelhos do distrito de Coimbra, além de ter inundado também uma habitação, na Lousã. Os primeiros alertas para as anomalias foram registados cerca das 16:45, meia hora depois de a chuva ter começado a cair com intensidade, sobretudo nas povoações junto à Serra da Lousã.
Nas Fontaínhas, lugar da freguesia das Gândaras, no concelho da Lousã, o temporal "derrubou seis árvores", que na queda arrastaram cabos eléctricos da rede pública, segundo a fonte do CDOS. A Lusa verificou na zona que diversas hortas, vinhas, pomares e batatais foram destruídos pelo granizo e que a água inundou diversos campos.
"O grande problema foi a destruição na agricultura", disse o responsável da Protecção Civil Municipal de Miranda do Corvo, Fernando Jorge. A água arrastou granizo para as zonas baixas e nalgumas povoações a quantidade de gelo acumulado "chegou a ter meio metro" de espessura, acrescentou Fernando Jorge, que é também comandante dos Bombeiros Voluntários desta vila.
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Fonte: TVI24

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