A Autoridade Nacional de
Protecção Civil (ANPC) colocou nesta segunda-feira 13 distritos em alerta
vermelho, o mais grave de quatro níveis, devido ao aumento do risco de incêndio
rural provocado pelo calor esperado para os próximos dias. Os distritos que
estão agora no nível máximo de alerta são Aveiro, Braga, Bragança, Castelo
Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Porto, Portalegre, Santarém, Viana do Castelo,
Vila Real e Viseu. Numa nota entretanto divulgada, o Ministério da
Administração Interna adianta que esta declaração da situação de alerta estará
activa entre as 18h00 desta segunda e as 23h59 de quarta-feira. Simultaneamente,
a ANPC elevou para nível laranja de alerta – o segundo mais grave – os
distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa e Setúbal.
No domingo, a ANPC tinha
decretado o estado de alerta especial laranja para sete distritos do norte do
país: Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Braga, Porto, Guarda e Viseu. Segundo
disse então aos jornalistas o adjunto nacional de operações da ANPC, Alexandre
Penha, as previsões meteorológicas de tempo quente e seco, aliado ao aumento de
intensidade do vento leste, levaram a um aumento do risco de incêndios rurais e
do seu desenvolvimento rápido, pelo que foi decidido elevar o estado de alerta
especial. Alexandre Penha vincou, na altura, que a elevação do estado de alerta
prolongava-se até final desta semana.
Queimadas e foguetes proibidos –
A ANPC lembra que o período crítico de incêndios foi prolongado até 15 de
Outubro e que, até lá, devem ser asseguradas medidas preventivas, não sendo
permitida a realização de queimadas, fogueiras para recreio ou lazer ou para
confecção de alimentos, ou queimar matos. Estão ainda proibidos o lançamento de
qualquer tipo de foguetes, fumar ou fazer lume nos espaços florestais e vias
que os circundem.
A ANPC recorda também alguns
cuidados a ter na realização de trabalhos agrícolas e florestais, nomeadamente na
utilização de máquinas e equipamentos, evitando a sua utilização nos períodos
de maior calor.
Também o Ministério da
Administração Interna fez saber que haverá um reforço de meios para operações
de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de
apoio geral às operações de protecção e socorro que possam vir a ser
desencadeadas. Foi, para esse efeito, autorizada a interrupção da licença de
férias e/ou suspensão de folgas e períodos de descanso.
Além disso, será aumentado o grau
de prontidão e mobilização de equipas de emergência médica, saúde pública e
apoio psicossocial, e a mobilização em permanência das equipas de sapadores
florestais, dos agentes florestais e dos vigilantes da natureza. As entidades
ligadas às telecomunicações e à energia também deverão aumentar o nível de
prontidão das suas equipas enquanto os trabalhadores que também sejam bombeiros
voluntários serão dispensados dos seus trabalhos na administração pública e
empresas privadas.
Miguel Manso
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Fonte: PÚBLICO
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