domingo, 11 de novembro de 2018

6993. Protecção Civil alerta para condições meteorológicas adversas com chuva persistente

No seguimento do contacto efectuado hoje, 10 de Novembro, pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), de acordo com a informação meteorológica actualizada, prevê-se para domingo (11 de Novembro) um agravamento das condições meteorológicas, nomeadamente, precipitação persistente, com um período mais crítico entre as 00h01 e as 23h59 do dia 11 de Novembro (domingo).

Desde o final da tarde do dia 9 de Novembro, sexta-feira, e até ao final de dia 11, domingo (incluindo igualmente a noite de 11 para 12 de Novembro no Baixo Alentejo e Algarve), o estado do tempo no território do continente é influenciado por uma corrente zonal à qual está associada uma massa de ar tropical, muito húmida, que é responsável por precipitação persistente, e por vezes forte.

Adicionalmente, amanhã dia 11, aproxima-se um vale nos níveis altos da troposfera, em processo de cavamento, o qual poderá originar uma atmosfera instável, essencialmente nas regiões a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, onde poderão ocorrer eventuais trovoadas.

Considerando a situação meteorológica em curso, a ANPC, através do CNOS, dos Comandos Distritais e em estreita articulação com os agentes relevantes do Sistema de Protecção Civil, estamos a acompanhar as bacias do Cavado, Douro, Vouga, Mondego, Tejo e Ribeiras do Oeste.

Face à situação atrás descrita, a ANPC alerta para o facto de poderem ocorrer os seguintes efeitos:

– Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água;

– Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;

– Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;

– Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;

– Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;

– Possíveis acidentes em zonas historicamente inundáveis;

– Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência

– Obstrução de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou desabamento de terras, pedras ou outras estruturas.

A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adopção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:

– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;

– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;

– Adoptar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;

– Retirar das zonas confinantes, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens;

– Colocar animais em locais seguros, retirando os rebanhos que se encontram nas zonas que serão provavelmente inundáveis;

– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Protecção Civil e Forças de Segurança, desenvolvendo as acções necessárias para a sua protecção, da família e bens.

A ANPC recomenda que acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt

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Fonte: Região Sul

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