1. SITUAÇÃO METEOROLÓGICA: De acordo com a informação disponibilizada
pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se para os
próximos dias um agravamento das condições meteorológicas, com risco associado
derivado da precipitação persistente, queda de neve, intensificação do vento,
com possibilidade de formação de fenómenos extremos de vento e agravamento da
agitação marítima em toda a costa:
-Precipitação: Pontualmente forte (10 a 20
mm/h), a afectar as regiões Norte e Centro com mais intensidade a partir da
tarde de hoje estendendo-se progressivamente às restantes regiões. Prevêem-se
acumulados durante o dia de hoje da ordem dos 40 mm/12H, em especial no litoral
Norte e Centro. Amanhã (01fev) prevê-se precipitação mais significativa até
final da manhã (25 mm/12h) nas regiões Norte e Centro, que pode acompanhada de
trovoada e granizo, sendo as regiões do Sul mais afectadas no período da tarde
(15 mm/12h).
-Vento: Do quadrante Oeste moderado a forte
no litoral (<45 110="" 65="" 85="" a="" agravamento="" altas="" as="" atingir="" cabo="" com="" da="" do="" e="" h="" intensidade="" km="" litoral.="" litoral="" mais="" mondego="" nas="" no="" norte="" os="" podem="" que="" rajadas="" respectivamente.="" ser="" significativo="" span="" terras="" vento="">45>
-Neve: Precipitação acima dos 1000 m a partir
do final do dia de hoje (31jan), descendo a cota para os 600 a 800 m (nordeste
trasmontano) e até 800 m nas restantes formações montanhosas no Norte e Centro
(podendo ainda atingir a serra de S. Mamede), até final da manhã de amanhã
(01fev).
-Agitação marítima: Forte com ondas de noroeste
de 4 a 5 metros a norte do Cabo Raso, com previsão de agravamento a partir da
próxima madrugada, com ondulação que pode exceder 7 m e picos máximos até 15 m
(com forte rebentação na costa), prevendo-se que o período mais crítico ocorra
entre 12h e as 21h de amanhã (01fev).
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
-Piso rodoviário escorregadio e eventual
formação de lençóis de água e gelo;
-Possibilidade de cheias rápidas em meio
urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de
drenagem;
-Possibilidade de inundação por transbordo de
linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
-Inundações de estruturas urbanas
subterrâneas com deficiências de drenagem;
-Danos em estruturas montadas ou suspensas;
-Dificuldades de drenagem em sistemas
urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar
inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
-Possibilidade de queda de ramos ou árvores
em virtude de vento mais forte;
-Possíveis acidentes na orla costeira;
-Fenómenos geomorfológicos causados por
instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua
consistência.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A Autoridade Nacional de Protecção Civil recorda que o eventual impacto
destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adopção de
comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente
mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas
de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
-Garantir a desobstrução dos sistemas de
escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que
possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
-Adoptar uma condução defensiva, reduzindo a
velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e
formação de lençóis de água nas vias;
-Transporte e colocação das correntes de neve
nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
-Não atravessar zonas inundadas, de modo a
precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou
caixas de esgoto abertas;
-Garantir uma adequada fixação de estruturas
soltas, nomeadamente, andaimes, placares e outras estruturas suspensas;
-Ter especial cuidado na circulação e
permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de
queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
-Ter especial cuidado na circulação junto da
orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos
costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
-Não praticar actividades relacionadas com o
mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar,
evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
-Estar atento às informações da meteorologia
e às indicações da Protecção Civil e Forças de Segurança.
* * * * * * * *
Fonte: ANPC
Sem comentários:
Enviar um comentário